É #FAKE que TSE não aceitou sugestões das Forças Armadas para melhorar a segurança do processo eleitoral

Segue circulando a notícia de que o TSE não aceitou sugestões das Forças Armadas para melhorar a segurança do processo eleitoral. Tome cuidado, essa é uma notícia falsa!

A falsa informação circula pelas redes sociais, e foi afirmada pelo presidente da República e pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), em reunião com embaixadores e representantes diplomáticos de países estrangeiros no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho. Entre os 40 minutos de seu discurso, Bolsonaro afirmou que o TSE nunca aceita nenhuma sugestão das Forças Armadas para melhorar a segurança do processo eleitoral. 

Entretanto, em junho, a corte disse que acolheu dez recomendações apresentadas pelos militares à CTE (Comissão de Transparência Eleitoral). A nota divulgada pelo TSE afirma que 32 de 44 sugestões entregues pelo CTE (Comissão de Transparência Eleitoral) foram acolhidas pela Justiça Eleitoral. Entre as aprovadas, dez são recomendações das Forças Armadas, incluindo a atualização do aplicativo “Boletim na Mão” e a inclusão de urnas do modelo UE 2020, que será usado pela primeira vez neste ano e está sendo produzido na fábrica da Positivo em Ilhéus (BA), nos testes públicos de segurança.

Quatro recomendações de autoria das Forças Armadas também foram classificadas como “sugestão a ser analisada no próximo ciclo eleitoral”.

Segundo o documento, apenas uma sugestão dos militares foi rejeitada pelo tribunal: a disponibilização do relatório de abstenções ao público. O tribunal alegou que “a publicação das listas, na forma pretendida, pode desrespeitar os princípios da adequação e da necessidade previstos na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais)”.

É fato, no entanto, que o TSE rejeitou sete sugestões das Forças Armadas para as eleições enviadas ao tribunal em março deste ano, em uma primeira leva de questionamentos. Segundo a corte eleitoral, muitas das opiniões expressadas pelos militares eram resultado de erros de estatística e algumas recomendações já eram implementadas pela Justiça Eleitoral.

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