Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica deixam seus cargos em protesto contra Bolsonaro

O Ministério da Defesa (MD) divulgou nota oficial, no final da manhã desta terça-feira,30, informando que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão, afirma a nota, foi comunicada em reunião realizada na manhã desta terça, com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das três forças militares.

A nota do Ministério da Defesa não informa os motivos da saída dos três chefes militares. Na véspera da reunião de hoje, os comandantes Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez anunciaram que colocariam seus cargos à disposição por discordarem da tentativa de Jair Bolsonaro (Sem Partido) de instrumentalizar as Forças Armadas na direção de uma “aventura golpista”.

A reforma ministerial começou ainda pela manhã de segunda-feira, quando a imprensa passou a divulgar que o ministro Ernesto Araújo havia pedido demissão do comando das Relações Exteriores. Ele será substituído pelo embaixador Carlos Alberto Franco França, que chefiava a assessoria especial da Presidência.

A segunda troca ocorreu no ministério da Defesa. Titular da pasta até hoje, o general Fernando Azevedo e Silva pediu demissão e será substituído pelo general Walter Souza Braga Netto, que ocupava o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

No lugar de Braga Netto, assume a Casa Civil o também general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, que ocupava o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo.

Para a Secretaria de Governo, Bolsonaro nomeou a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), esposa do ex-governador José Roberto Arruda, que foi preso quando ocupava o cargo em 2010 pelo esquema de corrupção que ficou conhecido como o “mensalão do DEM”.

As últimas trocas ocorreram no ministério da Justiça e Segurança Pública e Advocacia-Geral da União. Na AGU, José Levi pediu demissão e será substituído por André Luiz de Almeida Mendonça, que já havia ocupado o cargo no início do governo Bolsonaro e estava atualmente na pasta da Justiça.

Mendonça será substituído no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública por Anderson Gustavo Torres, que é delegado de Polícia Federal.

 

*Sul 21

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