Milhares de servidores vão às ruas em defesa do IPE Saúde e pela revisão geral dos salários

Nesta quarta-feira (26), Dia de Greve Nacional da Educação, convocada pela CNTE, o CPERS uniu forças, com as demais entidades da Frente dos Servidores Públicos (FSP), no Ato Estadual Unificado em defesa do IPE Saúde público, solidário e de qualidade e da revisão geral da inflação nos salários.

A mobilização, que reuniu cerca de cinco mil servidores(as), de todo o estado, teve início em frente ao prédio do IPE Saúde, em Porto Alegre. No local, representantes das entidades que compõem a FSP ressaltaram o caráter desumano da proposta de reestruturação do Instituto, apresentada pelo Executivo Estadual.

O projeto penaliza, principalmente, os servidores(as) que possuem os menores salários e aqueles com idade mais avançada. Já para aqueles que recebem os salários mais altos, haverá a redução do percentual de contribuição.

“A conta da má gestão do IPE Saúde não pode recair sobre aqueles que possuem os menores salários do estado. Precisamos alertar a população, pois se ficarmos sem o IPE Saúde e tivermos que ir para o SUS, o sistema vai colapsar”, alertou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

 A presidente também salientou que o governo parece esquecer que o IPE Saúde foi construído com a contribuição dos servidores(as) que hoje estão aposentados(as). “Agora, sofrem mais um golpe. É bom lembrarmos ao governador que um dia ele vai se aposentar. Tomara que ele não espere até isso ocorrer para começar a respeitar a história do servidor público desse estado”, frisou.

A funcionária de escola, Ana Paula Dias Rosa, de Pelotas, expôs que se o projeto do governo for aprovado, será inviável para os agentes educacionais a permanência no Instituto. “Não teremos como pagar R$ 500,00 para manter nossos dependentes no IPE Saúde, sendo que o nosso salário base é de R$ 657,97. Vamos ter que escolher entre comer ou pagar o IPE Saúde”.

“Para o governo, nós somos despesa, mas somos nós que prestamos serviços de segurança, educação e saúde para a população. Esse projeto é nefasto”, destacou o vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (UGEIRM), Fábio Nunes.

Fonte: CPERS

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