Circula pelas redes sociais a notícia de que a morte de um oficial da Aeronáutica em Campinas (SP) teria relação com a fiscalização das urnas eletrônicas. Tome cuidado, essa informação é falsa!

Está sendo divulgada, principalmente no WhatsApp, uma captura de tela de uma notícia do G1, portal de notícias do grupo Globo, sobre a morte de um oficial da Aeronáutica em Campinas (SP) no dia 7 de novembro. Uma legenda inserida no print afirma que ele era um dos responsáveis pela auditoria das Forças Armadas nas urnas eletrônicas.

No entanto, mesmo que a morte do militar realmente tenha ocorrido e a notícia do crime tenha sido publicada pelo G1, não há nenhuma ligação entre o assassinato e a equipe das Forças Armadas que participou da análise do sistema de votação nas eleições de 2022.

De acordo com a publicação do G1, o músico e suboficial da Aeronáutica Ricardo Mendes de Sena, de 48 anos, morreu baleado na nuca após o carro em que estava ter sido alvejado por disparos em 7 de novembro. O motorista do veículo foi ferido de raspão no rosto, mas passa bem. A maleta e o celular do militar foram levados pelos criminosos. O fato, que ocorreu na Rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324), em Campinas, está sendo investigado inicialmente como latrocínio. Ninguém foi preso até o momento.

O nome de Sena não está em nenhuma das listas de indicados pelas Forças Armadas para integrar a Comissão de Transparência das Eleições (CTE), criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O grupo atuou na fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação. Na Portaria nº 4.123 (página 83), de 2 de agosto deste ano, dez membros foram designados para integrar a CTE. Após a exclusão de um deles por divulgação de informações falsas sobre as urnas, os nomes de mais nove militares foram sugeridos – de novo, Sena não estava entre eles.

Usando mecanismos de pesquisa, a Lupa não encontrou resultados que mencionem a participação de Sena no grupo.

*Com informações da Lupa (UOL)