Câmara aprova homenagem póstuma a Girolamo Noe Manfio com nomeação de praça localizada em frente ao Promenor

Em razão do feriado da Proclamação da República na terça-feira, 15, a 38ª Sessão Ordinária do ano foi realizada na quarta-feira, 16, com a volta do Grande Expediente após o período eleitoral e deliberação de um projeto de lei do Executivo. Por meio da proposição, aprovada por unanimidade pelos vereadores, foi autorizada uma homenagem póstuma ao morador Girolamo Noe Manfio, que dará nome a uma praça pública localizada entre a Rua Brasília, Rua Aimoré e a Travessa Abel Donin, no Bairro Fátima (em frente ao Promenor)

Quem foi Girolomo Noe Manfio?

Filho dos imigrantes José e Carolina Manfio, Girolamo Noe Manfio nasceu em 15 de dezembro de 1914, no município de Nova Palma. Casado com Vergínia Ferrari Manfio, em 1936 adquiram terras na Linha Boa Esperança e migraram para o distrito de Barril trazendo seu primeiro filho, João Ferrari Manfio, que se tornou padre e atualmente reside e trabalha em Constantina. Além de João, o casal teve mais oito filhos, Jovita, Neli, Jaime, Eloi, Evaldo Luzita, Mário e Cireno.

Aqui, trabalhou como agricultor e, após, em sociedade com Sponchiado, Ferigollo e Pastre abriram a empresa Sponchidado e Cia, que possuía dois engenhos de serra, carpintaria, fábrica de móveis e moinho de pedra. Na época, era a segunda maior indústria de Frederico Westphalen e funcionava nas proximidades de onde hoje é a Mecânica do Jovino Binotto.

Também sempre apoiou e colaborou financeiramente nas iniciativas do Monsenhor Vitor Batistella, como a construção do Colégio das Irmãs, da Catedral e do Seminário. Em sua empresa foram fabricadas as aberturas e móveis para o Hospital Divina Providência.

O empreendimento foi encerrado devido a um incêndio criminoso.

Após longos anos trabalhando em sua serraria para se reerguer, em 1956, adquiriu a chácara, hoje loteada, da Mitra Diocesana, onde passou a residir com sua família. Na chácara, foi aberto um poço artesiano pela Corsan, que abasteceu o município de Frederico Westphalen até a inauguração da Barragem da Faguense. Girolamo cedeu o terreno e a água sem ônus para abastecer a cidade. Posteriormente, o terreno foi adquirido pelo Frigorífico Damo para abastecer a empresa em períodos de estiagem. O poço ainda existe e situa-se ao lado da pracinha.

Girolamo também vendeu ao Estado um hectare da chácara para construção da Escola Cardeal Roncalli e, posteriormente, doou ao município uma área, aos fundos da escola, na Avenida São Paulo.

Girolamo era conhecido como Gerônimo, que é a tradução de seu nome para o português. Faleceu em FW, aos 92 anos, no dia 29 de dezembro de 2006. Para seu inventário, os herdeiros promoveram o loteamento da chácara Manfio, na qual foi incluída a doação da área de 1.928m², onde foi executada a infraestrutura da praça como compensação ambiental, ao município de Frederico Westphalen, e a doação de uma área junto a Avenida São Paulo, onde já tem a edificação de uma obra pública municipal.

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