Na tarde da última sexta-feira, 13, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), divulgou uma nota sobre a recuperação das aulas por parte dos professores que ainda se mantem em greve no Rio Grande do Sul. De acordo com as informações divulgadas, a maioria dos servidores já teriam voltado às atividades, afirmando que mais de 70% dos estabelecimentos estão funcionando normalmente. A nota ainda afirma que as escolas podem utilizar todos os sábados disponíveis até a integralização do ano letivo de 2017, cujo encerramento deve ocorrer até 14 de janeiro.
Em contrapartida às informações divulgadas pela Secretaria de Educação, o Cpers Sindicato afirma que os professores ainda estão paralisados e que esta ação por parte do governo foi uma forma de “tentar enfraquecer a greve dos educadores”. Confira a nota divulgada pelo Cpers:
Na tarde desta sexta-feira (13), a Secretária de Educação – Seduc divulgou uma nota com informações sobre a recuperação das aulas. Como podem organizar um calendário escolar sem que a greve da categoria tenha encerrado? Como recuperar as aulas se sequer foram negociados os dias parados? O que a Procuradoria Geral do Estado – PGE está fazendo em Brasília para cassar a nossa liminar? Fica evidente que o governo está blefando para tentar enfraquecer a greve dos educadores, que segue forte e com o apoio da comunidade.
Ao contrário do que o governo insiste em afirmar, a paralisação dos professores e funcionários continua firme em todo o Estado. Mas ao informar o seu levantamento, aos números apresentados admitem a força da greve da categoria.
O governo fala que 70% das 1.176 escolas estão trabalhando. Mas são 2.545 escolas. As restantes estão em greve. Portanto mais de 60% das instituições estão em greve. Como as maiores estão paradas, reafirmamos: 75% DA CATEGORIA (e não das escolas), segue em greve.
Está mais do que na hora do governo apresentar uma proposta que contemple as exigências dos educadores: pagamento em dia e sem parcelamento. Pagar no 12º dia do mês, não é pagar em dia, governador! Continuaremos a nossa resistência até que os nossos direitos sejam respeitados!
O 26º Núcleo do Cpers que corresponde a região de Frederico Westphalen, mantem a greve com uma adesão de aproximadamente 60%. De acordo com a diretora do Núcleo, Maria Cleni, 33 escolas permanecem totalmente paralisadas.