AEFW inicia encontros on-line com empresas para intensificarem cuidados com a pandemia

Com o objetivo de contribuir com conscientização de cumprimento das normas sanitárias dos decretos estadual e municipal, bem como com a redução dos índices de contaminação da Covid-19, a diretoria da Associação Empresarial de Frederico Westphalen iniciou uma série de reuniões com os proprietários e gestores de recursos humanos das empresas frederiquenses, entre elas as cooperativas de crédito e frigoríficos. No último sábado, 22, um primeiro grupo, contemplando as empresas com maior número de colaboradores, participou da reunião coordenada pela presidente da AEFW, Patricia Cerutti, e o vice-presidente, Rogério Vargas dos Santos. Também, participaram no encontro os representantes do setor da construção civil; o presidente da Asaermau, Alexandre Martinazzo; o inspetor-chefe regional do CREA, Antonio Mauro Cadorin, e Juliano Schneider, integrante do CREA.

Realizada no formato on-line, o encontro teve a presença de aproximadamente 40 pessoas, que relataram iniciativas realizadas com sucesso para intensificarem os cuidados com os colaboradores e conseguindo controlar a disseminação do vírus no ambiente de trabalho. Além do compartilhamento das ações, o assunto debatido foi sobre formas de sensibilizar e comprometer os colaboradores para que evitem aglomerações fora do horário de trabalho, durante a noite e no final de semana.

Patricia relatou que, em reunião realizada com Administração Municipal, foi informada de que ainda ocorrem muitas denúncias por aglomerações, em bares, residências e festas particulares. Também, reforçou que, infelizmente, o comércio e as empresas em geral, com suas portas fechadas e impedidas de trabalhar, estão sendo punidas injustamente por este comportamento que ainda acontece e que contribui com a proliferação do vírus.

Também foi externada a preocupação de que, com a adesão da cogestão e a possibilidade de contar com medidas menos restritivas para as atividades das empresas e profissionais, parte da população poderá reduzir os cuidados, prejudicando novamente a liberdade das empresas trabalharem, caso o comportamento fora do horário e ambiente de trabalho resulte em maior transmissão do vírus. 

Cuidados com as normas sanitárias

Dentre as ações propostas pelas empresas participantes, estão iniciativas como instalação de pias de higienização, disponibilidade de álcool em gel e EPIs, controle de temperatura, revezamento dos colaboradores no início de turnos, ajustes no ambiente de trabalho, promovendo maior distanciamento e treinamentos específicos, sendo que estes devem ser registrados. 

Redes sociais

O monitoramento, através das redes sociais, de comportamentos de risco dos colaboradores, com a participação em festas clandestinas, também foi citado como uma medida importante para identificar possíveis focos de transmissão do vírus na empresa.

“Não adianta um grande esforço da empresa em adotar medidas para contenção da pandemia, se o colaborador não se compromete em respeitar as medidas sanitárias e participam de aglomerações particulares. Esta atitude coloca em risco sua vida, de seus familiares e colegas de trabalho e ainda contribui para que os indicadores da pandemia se agravem, sobrecarregando o sistema de saúde e resultando no fechamento das empresas. Tudo isso impacta na economia e está resultando em um grande número de demissões. O próprio colaborador, muitas vezes, não se dá conta de que este comportamento poderá levar ao fechamento da sua vaga de trabalho, em função da severa crise que estamos enfrentando”, alertou um participante. O vice-presidente da AEFW, Rogério Vargas dos Santos, apresentou um estudo sinalizando a possibilidade de que o colaborador com comportamento de risco possa ser demitido por justa causa foi avaliado entre os participantes.

Testagem

Foi defendida pelas empresas uma maior agilidade na testagem para diagnóstico e no início do tratamento, evitando que a doença avance. A gestora administrativa da AEFW, Anelise Flach Piovesan, lembrou do convênio que a entidade mantém com a URI/FW, possibilitando que as empresas associadas possam testar suas equipes com rapidez.

Mesmo assim, foi lembrado que devido ao grande número de colaboradores, fazer a testagem particular é inviável financeiramente e que a testagem na rede pública precisa fornecer resultado de forma mais rápida. Nos casos positivos, a demora em receber o diagnóstico e mediação adequada pode resultar no avanço da doença, e nos casos de diagnóstico negativo, são concedidos atestados de afastamento por períodos que não seria necessário, prejudicando as atividades nas empresas.

Vacinação

Ainda, foi debatida na reunião a campanha de vacinação proposta pela Federasul, assim que houver vacinas disponíveis para aquisição por parte das empresas, e a importância das empresas que tenham condições financeiras de contribuir com recursos para ajudar na grave crise financeira que o Hospital Divina Providência enfrenta. A sugestão para que a entidade intensifique o diálogo com o Poder Público, Promotoria e Poder Judiciário, construindo uma forma de viabilizar condições para que as empresas e profissionais possam trabalhar e garantir o sustento da sua família e honrar seus compromissos.  

Nos próximos dias, novas reuniões on-line serão realizadas com as demais empresas, dialogando sobre a necessidade de engajar os colaboradores com os cuidados sanitários, no ambiente de trabalho e também fora da empresa, bem como a realização de uma campanha de conscientização que será divulgada na imprensa local.

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