O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (3) que o chefe do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, morreu durante uma operação das forças especiais americanas na Síria.
O ataque deixou 13 mortos, incluindo 6 crianças e 4 mulheres, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Foi a maior operação americana no país desde a morte do então chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, em 2019.
Segundo o presidente americano, al-Qurayshi teria acionado dispositivos explosivos ao ser cercado pelas Forças Especiais americanas – detonando o terceiro andar do edifício em que se localizava. Os EUA afirmam que a ação evitou pôr a vida de civis em risco.
Mais cedo, um comunicado assinado por Biden anunciou a morte do chefe do EI e comemorou o “sucesso” da operação militar.
“Ontem à noite, sob minha direção, as forças militares dos EUA no noroeste da Síria realizaram com sucesso uma operação de contraterrorismo para proteger o povo americano e nossos aliados e tornar o mundo um lugar mais seguro”, escreveu o mandatário.
Mais cedo, o Pentágono havia afirmado que forças especiais “executaram uma missão antiterrorista durante a noite no noroeste da Síria” e que “a missão foi um sucesso”. “Não houve vítimas entre as forças americanas”.
Biden também destacou o fato de nenhum soldado ter morrido no ataque. “Todos os americanos voltaram em segurança da operação. Farei um discurso ao povo americano nesta manhã. Que Deus proteja nossas tropas”.
Foi a maior operação de forças americanas na Síria desde outubro de 2019, quando foi morto Abu Bakr al-Baghdadi, o então líder do Estado Islâmico.
A morte de al-Baghdadi foi confirmada quatro dias depois pelo grupo terrorista, que anunciou Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi como seu sucessor. Os EUA ofereciam uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre o novo chefe do Estado Islâmico.