A Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) estima que o ensino superior no RS pode perder R$ 110 milhões no ano que vem, caso a proposta orçamentária do governo federal para 2021 seja concretizada.
A estimativa de repasses para o Ministério da Educação sofreu um corte de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão iriam para universidades e institutos federais. A proposta, que está no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), deve ser submetida à aprovação do Congresso Nacional, mas já causa preocupação entre os reitores.
No RS, R$ 92 milhões representam os cortes nas universidades, e cerca de R$ 18 milhões, nos institutos federais. “É um corte linear, em todo o tipo de despesa das universidades, o que traz grande preocupação a todos nós”, afirmou durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), o reitor da UFSM, Paulo Burmann, que também integra a diretoria da Andifes.
A entidade não especifica valores por universidades e IFs.
UFSM
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central do RS, o impacto será de R$ 25 milhões a menos. O reitor, Paulo Afonso Burmann, afirma que este corte torna “insustentável” a manutenção das atividades de pesquisa, ensino e extensão.
Burmann lembra que as universidades já vêm sofrendo com cortes ao longo dos últimos anos. “Agora somos surpreendidos com mais este anúncio. Em 2021, provavelmente, teremos o retorno presencial, que exigirá a manutenção e fortalecimento de contratos de profissionais de vigilância, de limpeza, de equipes de saúde”, aponta o reitor.
“As exigências de biossegurança serão muito maiores e as atividades da universidade não param, ao contrário, a universidade vem sendo muito mais demandada. Não é possível e imaginável abrir mão de um orçamento justo”, destacou.
*Com informações G1