Entrevista: administração do HDP fala sobre situação financeira e atendimentos do plantão

O vice-presidente do HDP, Rogério Vargas dos Santos, diretora executiva, Carina Forchezato, e o 2° tesoureiro, José Maria Souza,  concederam uma entrevista para a Rádio Comunitária sobre a situação financeira do hospital e os atendimentos do plantão.

Na quarta-feira (04) e quinta-feira (05), o Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen paralisou o atendimento de plantão presencial, que normalmente inicia às 20h. O plantão presencial do HDP foi paralisado devido a falta de repasses do Governo Estadual para portas de entrada (urgência e emergência), que soma 450 mil, e o excesso de demanda de consultas eletivas. Durante os dois dias de paralisação, os médicos de sobreaviso eram chamados apenas para casos de urgência e emergência. O plantão não é pago desde fevereiro, sendo que janeiro foi custeado devido a antecipação de repasse da prefeitura. As receitas atuais não são compatíveis ao custo do hospital e até então a situação estava normalizada devido a reservas que o hospital mantinha, que agora se esgotaram.

Em reunião no fim da tarde desta quinta-feira, 05, foi definido pelo retorno das atividades dos médicos do plantão do hospital a partir desta sexta-feira, 06. Carina Forchezato fala sobre o retorno do plantão pra casos de urgências e emergências, em que haverá a triagem feita por enfermeiros. A orientação é para que consultas e casos de menor gravidade sejam feitos no Posto de Saúde. A acordado na reunião foi de normalidade do plantão por 30 dias, após isso a situação será analisada novamente.

Rogério destaca que o plantão é apenas um dos serviços do HDP e que 10% das pessoas que utilizam esse serviço se enquadram em situação de urgência ou emergência, sobrecarregando os profissionais e aumentando as despesas:

José Maria diz que a dificuldade financeira é recorrente desde que participa da gestão e não vislumbra uma solução a curto prazo. Será necessário reduzir drasticamente os custos e já foram feitos remanejamentos e desligamentos. É preciso trabalhar no aumento da receita, revendo valores e contratos com o governo do estado e município.

No dia 17 de maio será realizado um encontro da OAB onde será discutida a situação. As entidades receberão convites para participar.

Ouça a entrevista na íntegra: