Mais uma etapa da Operação Leite Compensado foi realizada nesta quinta-feira (17). Quatro mandados de prisão e cinco de busca e apreensão foram cumpridos no município de Esmeralda, nos campos de cima da serra. De acordo com o Ministério Público, a transportadora Márcio Fachinello é investigada por crime organizado e adulteração de produto alimentício. O proprietário da empresa e três funcionários foram presos preventivamente. As investigações apontam que eles adicionavam produtos químicos ao leite cru com a finalidade de mascarar a adição da água e aumentar o volume do produto final, como explica o Promotor de Justiça, Alcindo Luz Bastos Filho. O objetivo era obter mais lucro, além de evitar a perda de leite já em deterioração.
A empresa recolhia entre 40.000 e 50.000 litros de leite cru diariamente. Os funcionários eram orientados a acrescentar água e bicarbonato de sódio, substância utilizada para deixar o leite impróprio ao consumo dentro dos parâmetros legais. O produto seria encaminhado para a empresa Laticínios Unibom, localizada no município de Água Santa. As investigações ainda dão conta que os suspeitos coletavam leite com até sete dias de prazo entre a ordenha e a coleta.
A legislação em vigor prevê que o prazo máximo para a coleta do leite até o seu recebimento e processamento pelos postos de resfriamento é de 48 horas. A denúncia deve ser apresentada pelo Ministério Público até o fim da semana que vem.
As ações, que fazem parte da 9ª etapa da Operação Leite Compensado, foram realizadas pelo MP, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Receita Estadual e Brigada Militar.
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