Mosquito Aedes aegypti: um perigo mesmo em períodos de seca

Mesmo em períodos de seca, os ovos do Aedes aegypti – mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e Zika – podem permanecer viáveis por até um ano, esperando condições favoráveis para eclodir. Uma vez que o ovo esteja num recipiente contendo água e o embrião do mosquito tenha completado seu desenvolvimento (embriogênese), a larva pode permanecer em processo de repouso. Assim, ela aguarda as condições propícias para nascer, isto é, quando o ovo entrar novamente em contato com a água. O ovo é constituído de uma casca resistente que protege o embrião contra a desidratação. 

Como a falta de água impacta o ciclo de vida do Aedes aegypti? 

Os imaturos de mosquitos precisam de água para sobreviver. Contudo, os exemplares das espécies Aedes aegypti Aedes albopictus vivem próximos às habitações humanas, que são locais que sempre dispõem de água. Assim, as populações de mosquitos podem ser mantidas no ambiente doméstico se os cuidados com o armazenamento de água não forem adotados. Desta forma, durante o período de seca, é recomendado que os cidadãos intensifiquem os cuidados em suas casas, eliminando possíveis criadouros, vedando depósitos de água e recebendo os Agentes de Combate às Endemias (ACEs), para que realizem suas atividades de rotina.  

Cuidados para evitar a proliferação do mosquito em regiões secas 

Durante o período de seca, o Ministério da Saúde recomenda que os depósitos de água potável sejam devidamente vedados, com tampas ou telas apropriadas; higienizar semanalmente depósitos que sejam de fácil acesso ao mosquito, como bebedouros de pets e outros depósitos de água; adicionar areia ou serragem nos pratinhos de plantas; receber o Agente de Combate a Endemias (ACE) do município, para que ele realize o tratamento de depósitos de água; ainda reforça-se que, mesmo no período de seca, é recomendado que pequenos recipientes, garrafas, pneus ou outros resíduos sólidos sejam devidamente armazenados ou eliminados, pois podem guardar ovos de mosquito, que estão apenas esperando o início das chuvas (ou o contato com a água) para as larvas emergirem. 

Como eliminar os ovos do Aedes aegypti em áreas propensas a longas secas 

  • Limpeza semanal dos pequenos depósitos água;
  • Vedação e, quando recomendado, tratamento de grandes depósitos de água. O tratamento é realizado -pelo agente durante as vistorias domiciliares;
  • Adicionar areia ou serragem nos pratinhos de plantas, evitando que a água da rega seja um “berçário” para o mosquito;
  • Eliminação ou correto armazenamento de recipientes que possam acumular água, como garrafas, pneus, tampas de plástico etc. 

A seca reduz o risco de transmissão de doenças pelo Aedes aegypti? 

Como os mosquitos que transmitem os vírus da dengue, chikungunya e Zika têm preferência por viverem próximo a habitações humanas e nelas sempre há água disponível, durante o período de seca, deve-se manter os cuidados com os depósitos nas casas. Se as ações de controle são mantidas durante o período de seca, é possível que consigamos reduzir o número de criadouros e assim ter uma melhor preparação para o início das chuvas.  

Como monitorar focos de ovos do mosquito em locais com pouca água 

O Ministério da Saúde recomenda a realização dos levantamentos larvários em depósitos de água e o monitoramento entomológico por ovitrampas (armadilhas desenvolvidas para coletar os ovos do vetor), conforme a Nota Técnica nº 33/2022 CGARB/DEIDT/SVS/MS. Essas metodologias possuem a sensibilidade e adequabilidade operacional para aplicação em todos os territórios do Brasil, independente da estação do ano. 

Fonte: Governo Federal

Foto: Rodrigo Nunes/MS

Comentar