Terminou, nesta sexta-feira (14), o julgamento do homem acusado pelo estupro e morte de Daiane Griá Sales, de 14 anos, que aconteceu no final de julho de 2021, em Redentora. Dieison Corrêa Zandavalli foi condenado a 36 anos de prisão por estupro e feminicídio de adolescente indígena no RS. Relembre o caso abaixo.
O júri iniciou às 8h de quinta-feira (13) no Fórum de Coronel Bicaco, no noroeste do RS, e terminou por volta das 21h30min. Na sexta (14), a sessão foi retomada por volta das 9h com os debates da acusação e defesa, com uma hora e meia para cada lado cada.
O então réu, que esteve preso durante o processo judicial, foi condenado por homicídio qualificado pela questão de gênero em si — feminicídio — e ainda por motivo torpe, fútil, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A reportagem da RBS TV tentou contato com a defesa de Dieison, mas deixaram o local sem falar com a imprensa.
De acordo com o Ministério Público, “o crime foi cometido para assegurar a ocultação e a impunidade de outro delito, no caso o estupro de vulnerável, que será julgado como crime conexo”.
O homem foi acusado dos crimes de estupro de vulnerável e homicídio com seis qualificadoras (meio cruel, motivo torpe, dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a ocultação de outro crime e feminicídio).
Relembre o caso
Segundo a polícia, Daiane saiu de casa em um sábado, dia 31 de julho, por volta das 16h, para encontrar amigos com quem iria para uma festa na Vila São João. Depois do evento, ela não voltou para casa.
A Polícia Civil descobriu que Daiane recebeu uma carona do acusado entre 2h e 3h do dia 1º de agosto, após a festa. Quatro dias depois, a jovem caingangue foi encontrada morta por um agricultor.
De acordo com o delegado Vilmar Schaefer, o acusado é morador da região. “Houve menosprezo e discriminação contra a vítima por ser indígena, baixa idade e estar em situação de vulnerabilidade”, diz o delegado.
Fonte: g1 RS
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