A primeira “cidade provisória” do Rio Grande do Sul foi inaugurada nesta quinta-feira (4), em Canoas. O local fica próximo à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) e foi criado para proporcionar um novo início para famílias desabrigadas pela enchente que assolou o estado no mês de maio e deixou 180 óbitos.
Inicialmente chamado de “cidade provisória” pelo próprio governo, o agora nomeado “Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) – Recomeço” dispõe de 126 unidades habitacionais, cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), e tem capacidade de acolher cerca de 630 pessoas.
De acordo com o governo do RS, a estrutura foi montada com “sistema octanorm (tubos de alumínio com oito lados) e placas de TS (material compacto e estável)”.
O pavilhão do Centro Humanitário comporta:
- fraldário;
- cozinha comunitária;
- lavandeira;
- centro de convivência;
- espaço kids.
Canoas é o município com mais óbitos decorrentes da enchente, somando 31 mortos.
A estimativa da prefeitura é de que cerca de 150 mil pessoas tenham sido atingidas no município, sendo que 104 mil foram para abrigos institucionais e voluntários. A cidade tem 347.657 habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O evento de abertura nesta quinta-feira contará com a presença do governador, Eduardo Leite (PSDB), e do vice-governador e coordenador do projeto, Gabriel Souza (MDB). Também participarão da cerimônia secretários de Estado, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), e representantes das entidades parceiras e das empresas doadoras.
Além desta inauguração, o governo do RS já tem programadas outras duas inaugurações de centros de acolhimento: no dia 10 de julho será inaugurada uma “cidade provisória” em Porto Alegre e, na semana seguinte, Canoas recebe mais um centro humanitário.