Filiação de Ana Amélia Lemos confirma ida de Leite ao PSD

O ato de filiação da secretária estadual de Relações Federativas e ex-senadora Ana Amélia Lemos ao PSD, na manhã desta quarta-feira, no Plaza, se transformou em mais uma confirmação de que o governador Eduardo Leite também vai para o partido de Gilberto Kassab, para concorrer à presência da República, após ter a pretensão frustrada no PSDB.
Os indicativos não vieram só da presença de Leite no palco do evento, entre Ana Amélia e o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior (que acompanhará o governador na troca). Durante a breve coletiva de imprensa que antecedeu o ato, ao ser questionado sobre as críticas de adversários, que afirmam que o PSD estará com o ex-presidente Lula (PT) no segundo turno da eleição presidencial e que age para ‘embaralhar’ a terceira via no primeiro, Kassab rebateu: “No segundo turno estaremos com Eduardo Leite.”
CLIMA DE CAMPANHA
Depois, na cerimônia, Kassab insistiu, dando a Leite status de liderança nacional, e, ao ato, clima de campanha. “Todos nós do PSD, mas também gaúchos e brasileiros que não moram no RS, torcem para que você tenha boas inspirações nos próximos dias. Na nossa visão, a renovação e a esperança são você”, disse, dirigindo-se ao governador.
O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, foi mais longe. “Este Estado, que já teve Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, precisa de um candidato à presidência que coloque o país no futuro.”
O ato de filiação selou ainda o lançamento da pré-candidatura de Ana Amélia ao Senado. Ela exerceu o primeiro mandato pelo PP e tentou a indicação do partido para 2022, mas rusgas internas e a falta de sintonia com o pré-candidato do PP ao governo, o senador Luiz Carlos Heinze, atrapalharam sua pretensão. Ela optou por deixar o PP e migrar ao PSD, já dentro do ‘pacote’ encabeçado pelo governador Eduardo Leite.
Além da vaga do Senado, Jairo Jorge garante que o vice-governadoor Ranolfo tem a preferência para ser o candidato ao governo pelo PSD.
Questionado sobre se a ocupação das duas vagas não prejudica a busca por aliados e dificulta o desempenho nas urnas, Jorge afirma que a sigla não vê problema neste tipo de composição. “Podemos sim fazer desta forma, e oferecer a vaga de vice para alianças. O que não nos falta é coragem.”

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