O som é o mesmo pop rock simpático e ensolarado que o fez ser ídolo adolescente nos anos 2000, mas a playlist de Felipe Dylon está mais “eclética”.
Em uma de suas novas músicas, “O Verão Aqui no Rio”, o carioca de 37 anos canta sobre ouvir “de Alok a Raimundos”. Mas ele vai além:
“Eu gosto muito de Iron Maiden… Gosto de Jota Quest, dessa galera da cena que tem uma pegada legal, uma pressão. Eu também me identifico com Capital Inicial, com Sandy & Junior.”
O novo single (mais um sobre o verão) está no recém-lançado EP “Só Alegria”, o primeiro trabalho de mais fôlego desde o álbum “Em Outra Direção”, de 2006. “Eu precisava realmente tirar um tempo para me recompor.”
Na entrevista abaixo, ele também relembra os tempos de ídolo teen e comenta a experiência de atuar no teatro com a mãe.
g1 – Você é muito associado ao verão, é um tema que domina seu repertório… acho que é uma associação natural, né? Como cantar esse tema tantas vezes, sem se repetir?
Felipe Dylon – Olha, para mim é legal, né, cara? Tem tudo a ver com a minha vida e com a minha realidade, né? Porque eu moro aqui no Rio de Janeiro, um lugar bem praiano. Então, minhas músicas sempre têm a ver com praia, com verão, com natureza, com curtição, com festa… as pessoas gostam e se identificam com essa coisa mais tropical.
g1 – Onde você mora hoje no Rio e como é sua rotina?
Felipe Dylon – Eu moro aqui no Arpoador [no bairro de Ipanema, na Zona Sul]. É bom demais, gosto de surfar sempre que consigo.
g1 – Na sua nova música, ‘O Verão Aqui no Rio’, você fala sobre ouvir ‘de Alok a Raimundos’, ou seja, de eletrônico a pop rock. O que você costuma ouvir?
Felipe Dylon – Ouço de tudo, sou eclético. Não ouço só de Alok a Raimundos, como também muitas outras músicas. Eu gosto muito de Iron Maiden…
g1 – De quais outras bandas você gosta? Aquelas que talvez as pessoas nunca imaginariam que você pudesse ser fã…
Felipe Dylon – Eu gosto muito de artistas nacionais, como O Rappa, sabe? Gosto de Jota Quest, dessa galera da cena que tem uma pegada legal, uma pressão. Eu também me identifico com Capital Inicial, com Sandy & Junior, toda essa galera.
g1 – Você tem atuado em uma versão do musical ‘Os Saltimbancos’ e se apresenta com a sua mãe. Como tem sido essa experiência?
Felipe Dylon – É uma experiência muito legal. Porque eu já tinha feito outras coisas como ator, outras coisas multimídias na minha carreira. Mas eu consegui tudo isso por causa da música, por meio das minhas canções e aí esses trabalhos em outras áreas foram uma consequência.
g1 – Você estourou aos 15 anos e eu pude ver seus shows naquele comecinho. Era impressionante a euforia das fãs: era até difícil ouvir você cantando. O que você lembra daquela época?
Felipe Dylon – Eu lembro de tudo com carinho. Com o passar do tempo, eu amadureci, fui trazendo uma evolução pessoal e musical. Lembro de muitas vezes ter que tirar foto com todo mundo no camarim… eu era tipo um rockstar, uma coisa muito forte. Rockstar não, né? Eu era um popstar. Era uma coisa meio Backstreet Boys, né? Tem que entender que as coisas são assim. Você está alimentando aquela ideia da galera que está te escutando, comprando o disco, curtindo você…
g1 – Já conversei com outros ídolos adolescentes e todos falam que já tiveram medo, porque o povo perde um pouco a noção, tem hora que é difícil controlar uma multidão… você já viveu alguma situação mais perigosa?
Felipe Dylon – Teve uma vez que eu fui fazer show em Niterói e jogaram uma carta enorme no palco… e a carta pegou na minha cara. Fiquei com um olho roxo. Coisas assim aconteciam. Eu lembro até que tinha um biscoito dentro da carta, que a mulher botou lá. Também tinha aquela coisa de rasgar a minha camisa também. Tinha tudo isso, né?
g1 – Você deu uma pausa na carreira até esse retorno. Como foi dar essa pausa e como está sendo voltar?
Felipe Dylon – Eu precisava realmente tirar um tempo para me recompor. Estou lançando novas músicas, fazendo shows e a galera tem gostado e se identificado muito. Eu sempre tive humildade, pé no chão… então, eu sei que devagarzinho as coisas vão acontecendo de novo. Os shows estão bem energéticos.