Ocupar o prédio central e paralisar o funcionamento das atividades do Instituto Federal Farroupilha, campus Frederico Westphalen, é o objetivo da mobilização organizada pelos estudantes do coletivo Movimenta IFFar, realizada durante a tarde desta quinta-feira, 6, no auditório da instituição. Os principais assuntos colocados em pauta durante a concentração dos estudantes foi a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que limita os investimentos públicos, desobriga o Estado executar investimentos básicos, como 10% do PIB (Produto Interno Bruto) à educação, o que dificultaria, por exemplo, a expansão dos Institutos e a oferta de novos cursos. Além desta, esteve entre os assuntos pautados, a PLP (Projeto de Lei Complementar)  257, que propõe cortes a direitos trabalhistas, desprotegendo os trabalhadores, além de destruir a previdência social.

Inúmeros alunos participaram da assembleia que definiu as ações que serão executadas nos próximos dias, como destaca o estudante e integrante do Movimenta IFFar, Dionatan Martins:

A mobilização contou com o apoio do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que contribuiu com recursos financeiros para a utilização de banners, panfletos e carro de som. Durante sua fala na assembleia, o professor César Augusto González, destacou sobre a reformulação do ensino médio, que propõe a medida provisória 746 e que impede um debate sobre este tema. Além disso, marginaliza disciplinas humanas, como sociologia, filosofia e artes, precarizando o ensino. César falou ainda sobre o quadro orçamentário, que possui cortes em todas as áreas e também a Lei Orçamentária Anual (Loa) de 2017, a qual não garante o orçamento necessário para o funcionamento dos Institutos Federais. Em entrevista, César destacou que os estudantes possuem total apoio dos professores e funcionários nesta causa:

Debates aprofundaram os conhecimentos sobre a PEC 241 e PLP 257 e, na sequência, os alunos realizaram uma caminhada com cartazes proferindo gritos de ordem até o campus da UFSM/FW.  Atos semelhantes acontecem em todos os campi de Institutos Federais do país e marca o posicionamento e indignação dos estudantes do ensino público diante do retrocesso que vem acontecendo nos últimos meses.