Circula pelas redes sociais a informação de que a Suécia teria descartado 8,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 por causa de supostos malefícios causados pela imunização. Tome cuidado, essa notícia é falsa!
Um texto que circula pelas redes sociais afirma que o governo da Suécia teria descartado 8,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 após médicos e cientistas provarem supostos malefícios causados pela imunização.
No entanto, a própria Agência de Saúde Pública da Suécia informou que o descarte dos imunizantes ocorreu por uma série de fatores — nenhum deles relacionado a supostos malefícios causados pelos imunizantes. De acordo com as estatísticas oficiais, quase 9 em cada 10 suecos receberam doses da vacina contra a Covid-19.
Entre os motivos listados para o descarte de doses estão a expiração do prazo de validade e a substituição de tecnologias. “À medida que mais e mais vacinas contra a Covid-19, adotadas para novas variantes do vírus, foram entregues à Suécia, elas foram colocadas para uso e as vacinas ‘antigas’ foram substituídas”, justificou o órgão sueco.
De fato, a Suécia descartou pouco mais de 8,4 milhões de doses de vacina contra Covid-19 desde a chegada dos imunizantes, em 26 de dezembro de 2020, de acordo com dados oficiais atualizados em 3 de março de 2023. Esse número, contudo, corresponde a 17,9% do total de 46,8 milhões de doses adquiridas pelo país, ainda segundo dados do órgão sueco. A população da Suécia é de 10,4 milhões de habitantes.
De acordo com dados do registro nacional de vacinação do país, atualizados em 23 de fevereiro de 2023, 88,2% da população maior de 18 anos do país tomou ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, e 86,2% recebeu duas doses — o que representa grande adesão da população ao imunizante.
A vacinação contra a doença segue sendo recomendada no país, de acordo com informações dos órgãos oficiais.
Vale ressaltar ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de vacina para o controle da Covid-19 e reforça a segurança dos imunizantes. “A OMS está determinada a manter o impulso para aumentar o acesso às vacinas COVID-19 e continuará a apoiar os países na aceleração da distribuição de vacinas, para salvar vidas e evitar que as pessoas fiquem gravemente doentes”, ressalta a OMS.
*Checagem feita pela Lupa
Comunitária