Casos de dengue no RS aumentam 855% nas primeiras semanas de 2024

O número de pessoas infectadas pela dengue no Rio Grande do Sul teve aumento explosivo de 855% nas primeiras três semanas de 2024. Foram 602 casos confirmados, contra 63 pacientes no mesmo período do ano passado. O número é o mais elevado desde o início da série histórica, em 2015. 

Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a elevação é explicada principalmente por dois fatores. O primeiro são as condições climáticas e o El Niño, pois as chuvas frequentes, seguidas de calor, facilitam a multiplicação do mosquito Aedes aegypti.  

Por isso, tempestades como a da última terça-feira (16) podem contribuir para o aumento da incidência da doença. 

— Assim que o cidadão restabelecer a energia, é importante observar o entorno da casa para retirar os entulhos e não favorecer a criação do mosquito — alerta Roberta Vanacor Lenhardt, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

O segundo fator que explica o aumento dos casos de dengue é que a doença deixou de ser restrita ao verão e passou a ter alta incidência em todas as estações. Ou seja: o mosquito consegue se reproduzir ao longo de todo o ano, não somente nos períodos de calor.

— O ciclo do mosquito está muito associado ao meio ambiente, à água e ao calor. Por isso, o enfrentamento à dengue precisa ser feito de forma conjunta. Recomendamos que a população revise as áreas nas residências e no trabalho — complementa Roberta.

Em Porto Alegre, foram confirmados 10 casos de dengue em 2024, dois quais sete contraídos no município (autóctones). Outras 17 notificações são investigadas. A Capital é classificada como cidade infestada pelo mosquito da dengue.

No Estado, o município com maior número de confirmações é Tenente Portela, no Noroeste, com 208 pacientes. O município tem 14,4 mil moradores.

Na sequência, aparecem Barra do Guarita (153 casos), no Noroeste, e Novo Hamburgo (37 casos), no Vale do Sinos.

Recomendações

A prevenção à dengue é feita com a eliminação dos locais em que o mosquito Aedes aegypti consegue se reproduzir. É preciso remover a água parada das residências.

A Secretaria Estadual da Saúde recomenda que a população utilize repelentes e procure atendimento em caso de sintomas como febre associada à náusea, vômito, irritação na pele ou dor (dor nos olhos, geralmente na parte de trás, dores musculares, articulares ou ósseas).

 

Fonte: GZH.