Aluna de universidade de SC perde mais R$ 70 mil e deixa colegas sem festa de formatura

O que era para ser a realização de um sonho, marcando o fim de uma etapa importante da vida, virou um pesadelo para formandos do curso de Direito da UCEFF, de Chapecó, em Santa Catarina. A colega responsável por gerir do dinheiro destinado à formatura perdeu mais de R$ 70 mil. A alegação foi o vício em apostas online, segundo informações do site ND+.

De acordo com o jornal, 15 alunos se dizem vítimas do que seria um golpe financeiro e não puderam celebrar a festa, marcada para 22 de fevereiro. Sem os recursos, o evento não ocorreu. A suspeita é também presidente da comissão de formatura.

A reportagem do ND+ conseguiu contato com a jovem e ela teria confessado que usou o valor em plataformas de apostas online por não conseguir controlar o vício. A situação incluiria jogos do tigrinho.

Conforme o ND+, o orçamento da festa era de R$ 78 mil. Os formandos deram um valor inicial à empresa de R$ 2 mil, enquanto o restante R$ 76 mil, deveria ser dividido entre 16 alunos, grupo em que a suspeita de utilizar o valor está incluída.

Nicoli Bertoncelli Bison, uma das formandas, contou que ninguém suspeitava da colega que assumiu a gestão dos recursos. Com a intenção de facilitar os pagamentos parcelados, a presidente da comissão abriu uma conta em seu nome, uma vez que a empresa que realizaria o evento não emitia boletos. Os valores foram pagos ao longo de três anos.

Os formandos só descobriram o desvio do dinheiro em 27 de janeiro, quando todos receberam uma mensagem no grupo da formatura. No recado, a então presidente da comissão teria admitido ter usado todo o dinheiro arrecadado em apostas.

“No começo, achamos que era uma brincadeira de mau gosto. Ela simplesmente disse que havia perdido todo o nosso dinheiro e que nos avisaria quando pudesse devolver”, relatou Nicoli.

O choque entre os futuros advogados foi grande porque apenas cinco dias antes da revelação, a jovem publicava nas redes sociais que estava entregando os convites da formatura, passando a ideia de que tudo estava certo.

Investigação

Diante da situação, os formandos registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil, que instaurou um inquérito sobre o caso. De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, Rodrigo Moura, elementos de prova serão reunidos e as vítimas serão ouvidas, além de testemunhas e a própria suspeita.

“O delegado de polícia responsável pela investigação já encaminhou representação ao Poder Judiciário com o intuito de rastrear e, se possível, recuperar o valor supostamente desviado”, apontou Moura.

A apuração policial irá definir se é um caso de apropriação indébita ou de estelionato.

Fonte: Correio do Povo

Foto: Reprodução