Na tarde deste domingo, 6, um dos maiores símbolos da Semana Farroupilha chegou em Frederico Westphalen. Os CTG’s integrantes da 28ª Região Tradicionalista (RT) buscaram no município de Vista Alegre a centelha da Chama Crioula, que foi acesa no dia 12 de julho em Sacramento, no Uruguai.

Após trinta dias de viagem a Chama chegou ao Rio Grande do Sul, entrando pelo município de Chuí. Lá a chama foi distribuída entre as 30 RT’s do estado. Durante a cerimônia no município de Vista Alegre, na manhã de hoje, 6 de setembro, estiveram presentes as seguintes entidades: CTG Estância Alegre, Associação Farroupilha de Frederico Westphalen (CTG Rodeio da Querência e Piquete Alto Alegre), CTG Rancho Xucro, CTG Sentinela da Coxilha, CTG Fronteira do Rio Grande, CTG Minuano, CTG Querência de Cristal e CTG os Sinuelos.

Vindos de Vista Alegre, a Associação Farroupilha de Frederico Westphalen, realizou a entrega da Chama Crioula para o 37º Batalhão de Polícia Militar.  O patrono do 37º Acampamento Farrapo de Frederico, Zé Campeiro, recebeu a Chama e comentou sobre a importância da mesma e também sobre a Semana Farroupilha:

 

A Chama Crioula permanecerá nas dependências da Brigada Militar até a abertura oficial da Semana Farroupilha, que acontece no próximo domingo, 13 de setembro, na Praça da Matriz onde a Chama também será acesa.

Histórico da Chama Crioula

No ano de 1947 foi criado em Porto Alegre, no Colégio Júlio de Castilhos, um Departamento de Tradições Gaúchas, com o objetivo de resgatar, preservar e proporcionar a revitalização das coisas tradicionais do Rio Grande do Sul, através da história gaúcha. Naquele momento, um grupo de jovens do colégio manifestou o desejo de fazer, de a cavalo, o acompanhamento dos restos mortais do General Farroupilha, David Canabarro, que era transladado ao Panteão Rio-grandense no cemitério da Santa Casa de Misericórdia. O ato ocorreu em 5 de setembro, com oito jovens a cavalo. Dois dias depois três daqueles jovens (Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando vieira) também de a cavalo retiraram uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria, a meia noite do dia 7, acendendo o candeeiro crioulo que foi  guardado no Colégio Julio de Castilhos, dando origem à Chama Crioula, que simboliza o apego do gaúcho à sua terra, o seu nativismo, seu telurismo. A Chama Crioula traz em si o reconhecimento que temos pela história e pela trajetória social do gaúcho. Desde então, o acendimento e distribuição da chama crioula se repete anualmente.

Com informações: Folha do Noroeste