A temperatura na Capital deve ficar na casa dos 40ºc na próxima segunda-feira (10). Para o dia seguinte, pode ser ainda mais quente e superar os 41º C. Na Região Metropolitana e no interior do Estado, marcas ainda maiores podem ser registradas. Tudo isso porque, conforme prognóstico da MetSul Meteorologia, somente a partir da próxima quinta-feira (13), as máximas ficarão abaixo dos 30ºC.
Em meio à histórica onda de calor extremo, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), sindicato que congrega os profissionais da educação no RS, solicitou na quinta-feira (6) o adiamento do início do ano letivo na rede estadual, previsto, justamente, para a segunda-feira (10). Entretanto, o governo do Estado confirma a manutenção da data.
Em nota, o Cpers informou ter realizado uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil do RS, Artur Lemos, em que, entre diversas pautas, foi formalizada a solicitação. “Diante das condições climáticas adversas, o Cpers exigiu que o início do ano letivo seja postergado para 17 de fevereiro. Artur Lemos informou que as escolas têm autonomia para readequar seus calendários, caso a estrutura não comporte as altas temperaturas, seja por falta de ar-condicionado ou falhas no fornecimento de energia. O Cpers solicitou uma orientação geral para todas as unidades escolares sobre o tema”, divulgou o sindicato.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) confirmou que não haverá alteração no cronograma de início das aulas na rede estadual. A Pasta disse, ainda, que acompanha os alertas e orientações da Defesa Civil estadual e, por meio das coordenadorias regionais de educação, acompanha as condições de atendimento nas escolas, tendo como prioridade a segurança dos alunos e profissionais da educação. “Ainda, a secretaria está reforçando a orientação de medidas preventivas, como hidratação constante, para o começo do ano letivo”, explica.
O Sindicato do Ensino Privado do Estado (Sinepe/RS) também informou que não há previsão de que uma recomendação seja direcionada às escolas particulares pedindo o adiamento do início das aulas, mas explicou que as instituições têm autonomia com relação à organização do seu calendário escolar. “Uma condição de alta temperatura merece atenção. Todavia, sempre que há problemas em relação a questões climáticas, as escolas têm tido o devido cuidado para que se preservem as condições de saúde de seus alunos e educadores, principalmente na realização de atividades ao ar livre.”, pondera a entidade.
Questionada, a Secretaria de Educação de Porto Alegre também ressaltou que não há previsão de alterações no calendário escolar. “O Executivo Municipal cumpre com o as exigências relativas a quantidade de dias letivos e carga horária exigidas pelo MEC”, respondeu em nota.