Moradores do Rio Grande do Sul têm enfrentado golpes digitais. Os alvos são os usuários que acessam suas contas bancárias por meio de aplicativos móveis.
Um caso envolveu uma aposentada de 80 anos. Ela conta que recebeu uma chamada de vídeo de alguém dentro de uma falsa agência bancária e, durante a ligação, o golpista passou a ganhar tempo com a vítima.
“Ela passou a me enrolar e dizer ‘olha, veja só o que já botaram na sua conta, mas não fique nervosa, nós vamos tirar'”, conta a aposentada.
A idosa, desconfiada, perguntou se não seria melhor entrar em contato com o gerente do banco, mas a tentativa de verificar a situação foi tarde demais. Ela havia clicado em um link enviado por email, o que acredita ter permitido que os golpistas acessassem seu celular e desviassem mais de R$ 14 mil. Apesar do prejuízo, a aposentada foi ressarcida pelo banco.
Peritos em crimes virtuais alertam que os golpistas utilizam aplicativos legalizados para invadir celulares e obter informações.
Em uma entrevista para a RBS TV, o perito digital José Milagre simula como alguém em São Paulo, por exemplo, pode acessar o conteúdo de um aparelho que está em Porto Alegre.
Outro caso é de um mestre de obras de Lajeado, no Vale do Taquari. Ele recebeu uma mensagem no celular alegando que seu aparelho estava contaminado por um vírus e que a única forma de resolver o problema seria transferir todo o seu dinheiro da conta para um “local seguro”.
“Precisava sacar todo o valor, todinho, não podia ficar nenhum centavo para que o processo desse certo”, diz o usuário, alegando que a promessa era de que o dinheiro voltaria.
Após transferir R$ 300 para o golpista, o mestre de obras teve sorte, pois uma outra transação de mais de R$ 13 mil foi bloqueada pelo banco.
“Ele (golpista) mostrava confiança, bem confiante de que era do banco com a foto do perfil, e passou confiança”, conta.
As recomendações básicas para que os usuários não caiam em golpe, segundo o perito digital José Milagre: