PF investiga tráfico de anabolizantes no Norte do RS

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira, a Operação Fake Natty, que investiga o tráfico e comércio ilegal de anabolizantes e produtos farmacêuticos na região Norte do estado. Na ação, policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no município de Carazinho, após diligências expedidas pela 3ª Vara Federal de Passo Fundo. Ninguém foi preso.

A investigação teve início a partir de prisão em flagrante de um homem por tráfico de drogas, ocorrida em dezembro de 2022, em Carazinho. Na ocasião, foram apreendidas ampolas de anabolizantes e do hormônio testosterona.

A Polícia Federal apura a atuação criminosa de dois suspeitos. Um dos investigados seria responsável por oferecer consultoria técnica nas áreas de musculação, nutrição e de medicina esportiva, inclusive prescrevendo medicamentos e substâncias anabolizantes para seus clientes.

O outro envolvido atuaria na importação ilegal de anabolizantes e outros produtos farmacêutico. A investigação também apontou que menores de idade estariam entre os “clientes” dos suspeitos.

Ainda de acordo com a instituição, o objetivo do cumprimento das medidas judiciais foi aprofundar a coleta de provas e cessar a atividade criminosa que configura, além da importação ilegal, um delito contra a saúde pública, tendo em vista os danos causados pelo uso indiscriminado de substâncias anabolizantes.

Caso comprovada a responsabilidade dos investigados, eles poderão responder pelos delitos de importação e venda de produtos farmacêuticos ou medicinais sem a autorização/registro da autoridade sanitária.

O termo “fake natty”, que inspirou o nome da operação, foi popularizado como bordão por um nutricionista brasileiro em vídeos publicados nas redes sociais. Nas postagens, ele avaliava se o físico de celebridades era fruto ou não do uso de anabolizantes. A partir de então, ele rotulava os modelos como naturais ou fake natty, que em português significa ‘falso natural’, ou seja, construídos por meio de hormônios e anabolizantes.

Fonte: CORREIO DO POVO