Nesta quinta-feira (25), Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, marchas aconteceram em diversas partes do país, como Bahia, Maranhão, Piauí, Pernambuco, São Paulo e Pará, sob o mote “Por reparação e bem viver”.
As manifestações integram o Julho das Pretas, calendário de atividades organizado por todo o mês pela Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), a Rede de Mulheres Negras do Nordeste e a Rede Fulanas – Negras da Amazônia Brasileira.
Nesta 12ª edição, são 533 atividades feitas por cerca de 250 coletivos, entidades e escolas, em 23 estados e no Distrito Federal, além de três eventos no Uruguai e na Argentina.
Os protestos e atividades mobilizam, segundo as organizadoras, a articulação de um “projeto de reparação histórica pelos terríveis danos causados pelo colonialismo e escravização do povo preto – que perdurou por quase 400 anos e que ainda orientam o pensamento e o modus operandi racista e patriarcal da elite branca que governa este país”.
Os coletivos que compõem a Marcha das Mulheres Negras também se preparam para fazer, em julho de 2025, a segunda caminhada nacional até Brasília. A expectativa é que a marcha, que acontecerá uma década depois da primeira edição, reúna um milhão de mulheres negras.
Desde 2015, o 25 de julho no Brasil é também considerado o Dia Nacional Tereza de Benguela. A quilombola viveu durante o século 18 e liderou o Quilombo do Quariterê (ou Quilombo do Piolho), localizado na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, no atual estado de Mato Grosso.
Sob o comando de Tereza, a comunidade negra e indígena resistiu por duas décadas. Foi destruída em 1770 pelas forças do português Luís Pinto de Sousa Coutinho.
Fonte: Brasil de Fato
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil