A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou oficialmente nesta quinta-feira (18) a transmissão comunitária da varíola dos macacos no Rio Grande do Sul. Essa situação ocorre quando não é possível identificar a origem da infecção. Outros municípios já haviam declarado a transmissão comunitária, como é o caso de Porto Alegre, que fez o anúncio no dia 12.
De acordo com a SES, ao menos 22 casos confirmados no Estado não relatam histórico de viagem ou contato com outro caso confirmado. Diante deste cenário, embora em alguns dos casos a investigação epidemiológica ainda esteja em andamento, a transmissão comunitária no território do Estado já pode ser definida como existente. Atualmente o Estado tem 54 casos confirmados e 255 casos em investigação.
TRANSMISSÃO
A principal forma de transmissão é por meio do contato pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é geralmente de seis a 13 dias, mas podendo chegar a 21.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas, inchaço nos linfonodos (pescoço, axila ou virilha), e lesões na pele, mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres), recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).