Com uma greve deflagrada e pelo menos 625 pedidos voluntários de exoneração de cargos em comissão e funções de confiança por auditores da Receita Federal, muitas das atividades de fiscalização tributária e aduaneira ficarão paralisadas ou mais lentas neste fim de ano no país. Entre os pedidos de exoneração, estão os dos 44 conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que apresentaram renúncia coletiva na quinta-feira (23).
A adesão à paralisação, que começa segunda-feira (27), foi apoiada por 97% dos 4.287 votantes — recorde de participação em assembleia sindical desde 2016, informa o Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal).
O principal motivo da greve é a falta de regulamentação do chamado “bônus de eficiência”. “Tal descaso se estende, inclusive, a questões remuneratórias, como fica evidente pela demora na regulamentação do bônus de eficiência, uma pendência de cinco anos, o que revela desprestígio institucional incompatível com a importância da Receita Federal do Brasil”, dizem no texto.
*Correio do Povo