As prévias que indicarão o pré-candidato do PSDB à presidência da República em 2022 estão a dez dias, a disputa interna entre o governador Eduardo Leite e João Doria, vem ganhando todos os ingredientes, positivos ou não, que caracterizam os pleitos muito acirrados. Ao longo do mês de outubro e nestes primeiros dias de novembro, os governadores intensificaram uma sucessão de anúncios de ‘bondades’ e de liberação de recursos para diferentes áreas em seus estados. Na prática, há uma incógnita sobre se a maior parte deles vai se tornar realidade. Mas, neste momento, entram na lista de realizações que ambos vendem nas campanhas pelos votos dos correligionários no próximo dia 21 de novembro.
Aos anúncios, se soma a intensificação de viagens a outros estados, na busca de todos os votos que possam ser amealhados em diferentes diretórios tucanos. Inclusive, depois de uma série de incursões de Leite em território paulista, em busca de dissidentes no maior diretório do país, na próxima semana é Doria quem vem fazer campanha no RS.
Leite e Doria também estenderam as agendas a roteiros internacionais. Em plena campanha de prévias, eles integraram a lista de governadores que foi à Escócia para participar da 26ª Conferência das Nações Unidas Para a Mudança do Clima (COP26).
A corrida, contudo, não desencadeou apenas uma enxurrada de anúncios e viagens. Doria e Leite mantêm um clima de cordialidade em encontros e debates mas, nos bastidores, são comuns trocas de acusações, ironias sobre ações e o perfil de cada um, provocações, e um mapeamento detalhista sobre como ‘cavar’ dissidências em redutos do adversário. Nele, expoentes locais e mesmo filiados sem mandatos passaram a ser tratados como lideranças expressivas.