Caso Camila: comunidade de Vista Alegre organiza ato por mais segurança

Em busca de respostas e por mais segurança, familiares e amigos da enfermeira Camila Centenaro, morta em 27 de setembro de 2019, e a comunidade de Vista Alegre estão organizando para a próxima segunda-feira, 9, às 10 horas, em frente à Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus, uma manifestação pacífica.

– Já se passaram cinco meses da morte da Camila e até agora a gente segue sem respostas. A família chora a morte prematura da filha, que neste sábado, 7, completaria 32 anos. Já faz tempo que a comunidade queria fazer essa manifestação mas, decidimos dar um prazo para a polícia trabalha, porém, acreditamos que essa data não deve passar em branco, além do aniversário da Camila, dia 8 é o Dia Internacional da Mulher e não podemos aceitar que crimes que atentem contra a segurança da mulher a sua dignidade continuem acontecendo – disse Nilva Sponchiado Peretto, amiga e vizinha da família de Camila e uma das organizadoras da manifestação.

A moradora de Vista Alegre ressalta ainda que a comunidade vive com medo a partir de uma “onda de violência” que vem acontecendo, com furtos, assaltos e mortes. “Depois da morte da Camila muitos outros crimes aconteceram na nossa comunidade, ninguém mais tem paz aqui, as crianças têm medo de sair na rua, idosos estão depressivos, as famílias vivem atormentadas”, completou Nilva.

O protesto vem sendo organizado por um grupo de mães do município e a intenção é chamar a atenção das autoridades, da polícia e da justiça para que seja dado celeridade ao caso de Camila e também em busca de mais segurança para a comunidade vista-alegrense.

Toda a comunidade, inclusive dos municípios vizinhos, está convidada para participar da manifestação, usando roupas brancas e quem quiser pode confeccionar e levar seus cartazes. As residências e o comércio local também vão aderir ao movimento e fechar as portas. Laços brancos serão colocados nas portas e portões, simbolizando paz.

– Quem puder vai participar conosco. Mas o que ninguém quer é deixar as casas sozinhas, porque a gente pode ir até a manifestação e quando voltar não ter mais nada dentro de casa. O que queremos é que a nossa cidade volte a ter paz – completou a moradora.

Relembre o caso Camila
Na noite do dia 27 de setembro de 2019, por volta das 20 horas, o veículo de Camila foi encontrado por populares em chamas, na estrada da Linha Peretto, zona rural do município. A vítima foi socorrida por populares e posteriormente encaminhada ao hospital para receber atendimento.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Palmeira das Missões. Em princípio se acreditava que poderia ser um acidente de trânsito, dias depois a polícia, em posse de dados da perícia, não descarta a hipótese de feminicídio. A delegada, Cristiane van Riel, confirmou que o inquérito está próximo de ser concluído, conforme o andamento das diligências.

Camila trabalhava no Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen e era mãe de uma menina de três anos, na época do acidente.

 

*Editado/ com informações de Heloise Santi-Grupo Chiru
(Imagem: reprodução/Facebook)

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