Na madrugada de hoje, a Rússia iniciou uma operação militar de invasão da Ucrânia. Após o início das mobilizações russas, houve registro de explosões e ataques a unidades de fronteiras ucranianas, além de mobilizações de tanques. As ofensivas da Rússia fizeram as sirenes de emergência dispararem na Ucrânia e o presidente Volodymyr Zelensky adotar lei marcial no país. Após o presidente russo, Vladimir Putin, ter dado sinal verde àquilo que definiu como “operação militar especial” da Rússia no leste da Ucrânia e mandar recado para aqueles que tentarem intervir, os ataques começaram.
Para ele a medida é uma resposta às ameaças ucranianas e disse que visa a “desmilitarização e a desnazificação”
Logo após o discurso, repórteres ouviram explosões em Kiev, capital da Ucrânia, e em Kharkiv, a segunda maior cidade, localizada no nordeste do país. Segundo agências de notícias, o governo ucraniano confirmou que a Rússia iniciou os ataques contra o seu território. O anúncio do presidente russo ocorre no momento em que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne em Nova York para denunciar a invasão ao território ucraniano.
O regime de Vladimir Putin —que, inicialmente, negou a intenção de invasão e acusou americanos de “histeria”— reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
“AMEAÇA À SEGURANÇA”
Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança. Em contrapartida, os Estados Unidos e países aliados do ameaçam o país com “sanções econômicas severas” e “resposta ágil”, caso a invasão ocorra.
A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, o que culminou em sanções econômicas dos EUA e da União Europeia. O país também é acusado de financiar os rebeldes pró-Moscou que controlam as autoproclamadas Repúblicas de Lugansk e Donetsk, na região de Donbass.
Assim, A Rússia, inclusive, fechou parcialmente o espaço aéreo na sua fronteira com a Ucrânia. De acordo com um comunicado aos aviadores e missões aéreas, o objetivo era “fornecer segurança”. A notificação traz as rotas específicas e altitudes a serem evitadas.
RESPOSTA ‘DOLOROSA’ A SANÇÕES
O Ministério russo das Relações Exteriores prometeu, hoje, uma resposta “forte” e “dolorosa” às sanções anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ontem, após Putin reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia. “Que não haja qualquer dúvida: haverá uma resposta forte a essas sanções, não necessariamente simétricas, mas bem calculadas e dolorosas para os Estados Unidos”, disse Moscou, em um comunicado.
Apesar do cenário adverso e das possibilidades de resolução pacífica cada vez menores, Biden ressaltou que “ainda é possível evitar o pior”, ao mesmo tempo que denunciou o início da invasão.
“NÃO IREI CEDER”
Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (23) que não vai ceder em suas exigências na crise em que enfrenta com vários países ocidentais, em meio aos temores da comunidade internacional sobre uma invasão da Ucrânia.