Porto Alegre retoma remoção de entulhos da enchente acumulados em depósitos provisórios: ‘fedor insuportável’, diz morador

Após um mês de interrupção, foi retomada, na terça-feira (20), remoção do entulho acumulado pela enchente do mês de maio em um depósito provisório em Porto Alegre. Moradores da região ficam aliviados com o futuro fim do mau cheiro.

“Fedor insuportável”, relata o comerciante Marcelo Barbosa.

A operação havia sido suspensa pela Secretaria de Meio Ambiente de Gravataí devido à interdição de um aterro no município, fechado após constatações do Ministério Público sobre irregularidades na separação de materiais recicláveis.

A empresa responsável pelo aterro afirma que já fez “as adequações solicitadas pelos órgãos ambientais”. No entanto, segundo a prefeitura de Gravataí, a regularização ainda não foi concluída e o aterro não está liberado para voltar a operar.

Os resíduos da enchente em Porto Alegre que eram transportados até este aterro em Gravataí, agora serão levados ao aterro sanitário de Minas do Leão, um trajeto de 83 km da Capital.

Cada caminhão, do tipo bitrem, transporta cerca de 30 toneladas de entulho. A limpeza total do depósito localizado na Avenida Voluntários da Pátria, Zona Norte da Capital, deve levar cerca de 45 dias.

Na sexta-feira passada (16), moradores protestaram na BR-290 pela demora na remoção dos resíduos.

Além do depósito da Zona Norte, há outro na Avenida dos Estados, com cerca 12 mil toneladas de entulho, cuja limpeza também será retomada esta semana.

O contrato entre o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e a empresa responsável pelo transporte dos resíduos é de R$ 4,094 milhões.

Porto Alegre ainda acumula 70 mil toneladas de resíduos da enchente, e o DMLU está finalizando a contratação de outras empresas para limpar dois depósitos adicionais.

Carlos Alberto Hundertmarker, diretor-geral do DMLU, prevê que todos os depósitos sejam limpos em até dois meses.

“Nossa expectativa é que no máximo em dois meses todos eles estejam completamente limpos. Foi um processo bastante complexo fazer a limpeza da cidade em menos de 60 dias, e essas unidades que nós chamamos de ‘bota-espera’, foram extremamente estratégicas, porque caminhões pequenos recolhiam os resíduos dentro dos bairros e descarregavam aqui”, explica Hundertmarker.

Fonte: g1 RS / RBS TV

Foto: Reprodução/RBS TV

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