
Operações do CIRA-RS miram grupos empresariais do ramo do aço que sonegaram e não recolheram mais de R$ 72 milhões em ICMS
Duas operações foram deflagradas na manhã desta terça-feira, 11 de novembro, pelas instituições que integram o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Rio Grande do Sul (CIRA-RS). Os alvos foram grupos empresariais que atuam no comércio de aço e que sonegaram mais de R$ 72 milhões. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos comerciais nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Cachoeirinha.
As operações “River” e “Helter Skelter”, que tratam de delitos cometidos por diferentes alvos do mesmo ramo de atividade, foram executadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), Procuradoria-Geral do Estado (PGE/RS) e Secretaria da Fazenda (SEFAZ/RS), por meio da Receita Estadual, com apoio da Brigada Militar. São apurados delitos contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Foi identificado que as empresas eram formalmente tituladas por intermediários, mas geridas por procuradores que ocultavam os reais sócios, dificultando a responsabilização tributária e judicial. O Poder Judiciário ainda acolheu pedido do MPRS e decretou a indisponibilidade de bens e valores dos investigados, no total de R$ 82 milhões – R$ 34 milhões equivalente a uma das operações e R$ 48 milhões à outra. São 12 pessoas e 12 empresas investigadas.
Nas operações, quatro investigados foram presos por posse ilegal de arma de fogo, foram apreendidos carros, entre eles um Porsche, dezenas de relógios e joias, sete armas, munição, documentos e celulares.
