A prévia da inflação no Brasil subiu a 0,99% em fevereiro, a maior variação para o mês desde 2016, quando marcou 1,42%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou neste mês 0,41 ponto percentual acima da taxa registrada no mês passado (0,58%).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 1,58% e, em 12 meses, de 10,76%, acima dos 10,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE subiram os preços. A exceção foi Saúde e cuidados pessoais, que recuaram 0,02%, após a alta de 0,93% em janeiro.
VARIAÇÕES
A maior variação (5,64%) veio do grupo Educação. Na sequência, Alimentação e bebidas (1,20%). Transportes subiu 0,87% após queda de 0,41% em janeiro. Habitação ficou 0,15% mais cara e Artigos de residência, 1,94%.
Em relação aos índices regionais, à exceção de Porto Alegre (-0,11%), todas as áreas pesquisadas tiveram alta em fevereiro. O maior resultado ocorreu na região metropolitana de São Paulo (1,20%), influenciado pelas altas dos cursos regulares (6,39%) e dos automóveis novos (2,24%). Na região metropolitana de Porto Alegre (-0,11%), o resultado foi puxado pela energia elétrica (-7,05%) e pela gasolina (-4,89%).
COLETAS DE DADOS
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de janeiro a 11 de fevereiro de 2022 e comparados aos vigentes de 14 de dezembro de 2021 a 13 de janeiro de 2022. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
*CP