Ocorrências de incêndios em Frederico Westphalen e região durante os meses de  setembro e outubro de 2020 mais que dobraram  em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Sargento Adriane Weber foram 22 atendimentos de setembro a outubro de 2019 e neste ano os relatos registrados  no mesmo período somam  60 ocorrências . A corporação atende além de FW mais 14 municípios e conta com apenas duas viaturas.

“Temos dois caminhões mas não temos guarnições. Estamos fazendo hoje uma espécie de triagem. Entre a aquela ocorrência onde deu fogo em mata, campo aberto, que não há residência próxima e aquele incêndio que está perto de residência, que pode ter perda de bem material e vítimas, nós damos prioridade para este”, explicou a sargento. Nesta semana, um incêndio em uma residência em Oswaldo Cruz e ao mesmo tempo um em uma reserva indígena de Iraí, alertou a corporação a tomar a decisão de triagem. 

A seca na região é, uma das razões para o aumento dos atendimentos. Conforme levantamento do Corpo de Bombeiros em setembro de 2019 o acumulado de chuva foi de 62 milímetros, já  neste ano apenas 2, em outubro de 2019 foi registrado 365 milímetros e esse ano apenas 5. No entanto, a seca sozinha não causa tantos danos, mas sim o ateamento de fogo em lixos e materiais inflamáveis. A sargento destaca que a população perdeu o medo e a noção do perigo quando realiza esse tipo de ação: “O fogo não começa sozinho, as pessoas perderam a noção do perigo e a consciência dos riscos que são causados”, reforçou.

Em casos de atendimentos em lavouras, as viaturas da corporação precisam ser levadas a oficina, a fim de eliminar a fuligem do fogo e das vegetações, o que prejudica também a disponibilidade para atendimentos. Muitos casos estão sendo registrados na Polícia Civil e na Batalhão Ambiental da Polícia Civil, por serem suspeitos de incêndios criminosos. Colocar fogo em áreas sem autorização é considerado crime ambiental sujeito a multa.