Não há como o varejo do gás liquefeito de petróleo (GLP) projetar comportamento de preço do combustível a partir da queda do preço de 5% do gás de cozinha nas refinarias (Petrobras) nesta sexta-feira, explica o presidente Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral (Singasul/RS), Ronaldo Tonet. “O mercado é livre. O Rio Grande do Sul tem 5,9 mil revendedores de gás em 497 municípios. Quem estabelece o preço são impostos, custos, e essas relações de compra e de venda”, afirmou o dirigente.
Na última pesquisa da Agência Nacional do petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 7 e 13 deste mês, o valor médio do botijão de 13 quilos (P 13) em Porto Alegre era de R$ 66,57. Conforme o mesmo levantamento, o maior valor ao consumidor cobrado pelo P 13 era praticado no município de Erechim, R$ 84,00. Já o menor custo foi verificado em Santana do Livramento, onde o mesmo volume era vendido a R$ R$ 56,18.
Mesmo evitando falar sobre preços futuros do varejo, Tonet deixou a entender que a queda de 5% do gás na refinaria não implica redução imediata de preço do GLP ao mercado consumidor. “A maioria dos distribuidores de gás tem grandes dimensões de estoque de gás adquirido pelo valor antigo, mais caro”, lembrou. Dificilmente uma empresa venderia mais barato algo que pagou mais caro, acrescentou o presidente do Singasul RS.
Em consulta realizada nos principais pontos de venda de gás de cozinha em Frederico Westphalen, a média de preço obtida foi de R$ 65. A última redução de preço do gás havia sido em julho de 2017. Desde então, o valor do GLP havia aumentado em pelo menos sete vezes, a última no início de dezembro, quando o preço foi reajustado em 8,9%.