Já autorizada por países como o Reino Unido, a vacina da Pfizer está longe de ser consenso no governo brasileiro. Nos ministérios da Saúde e da Economia, há alas importantes que resistem ao imunizante produzido pela farmacêutica americana.
Além da logística de distribuição mais complicada, uma das reclamações de integrantes dessas duas pastas no Brasil é de que a Pfizer se recusa a fechar contrato prevendo compartilhamento de tecnologia, por meio do regime de encomenda tecnológica.
Essas alas preferem aguardar o avanço da vacina produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, na Inglaterra. O imunizante, porém, terá de passar por novos testes, após falhas na primeira tentativa de testagem.
Auxiliares políticos do presidente Jair Bolsonaro, contudo, têm ponderado que essa preferência pode custar “caro politicamente” ao governo. A avaliação é de que, com o início da vacinação em outros países, a pressão interna no Brasil por um imunizante deve aumentar.