A enchente que atingiu o Rio Grande do Sul no mês de maio não só afetou a logística do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, como também impactou diretamente a rotina e a preparação dos inscritos no exame.
O governo federal adiou a realização das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU), que seriam aplicadas no dia 5 de maio, para este domingo (18), em todo o país.
“Tive que ir para outra cidade ficar com meus pais, por exemplo. Então, se não tivesse sido adiado, eu não teria como fazer”, diz Pedro Martins, estudante de administração pública.
Já o publicitário Pedro Castro, candidato no Bloco 7, dedicou-se ao voluntariado durante a tragédia ambiental.
“Fiquei envolvido nessa questão de voluntário, de resgatar animais“, conta.
De acordo com a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 183 pessoas foram vítimas da enchente. Entre os mortos, estão pessoas que foram vítimas de deslizamentos ou arrastados pela chuva.
A chuva forte no estado se estendeu por mais de 470 cidades, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram. Com isso, mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas.
Para Castro, o adiamento do exame não o prejudicou, mas também “não teve um ganho de tempo para estudo” em função do fenômeno natural.
“Para alguns, o adiamento pode ter sido uma vantagem, imagino que é mais tempo de estudo e de pesquisa”, observou o publicitário.
São mais de 78 mil inscritos confirmados no RS, de acordo com levantamento do governo federal. No estado, o certame será realizado em Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo, Santo Ângelo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Bagé, Uruguaiana e Farroupilha.
A seleção reúne 6.640 vagas em 21 órgãos públicos no Brasil.
O estudante de administração pública, que está concorrendo ao Bloco 8, fez a redação cujo tema foi: “Em que medida a educação e o progresso científico e tecnológico podem contribuir para reduzir as desigualdades socioeconômicas e ampliar o desenvolvimento da sociedade brasileira?”.
“Achei legal. É um tema muito bom pra fazer as pessoas pensarem sobre diversos problemas que a gente vê no dia a dia”, relata Martins.
Fonte: g1 RS