O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes afirmou que seu eventual governo não respeitará a atual autonomia do Banco Central e que, caso seja eleito, a diretoria da instituição será “convidada a se demitir” no primeiro dia.
A declaração foi dada em entrevista ao Manhattan Connection, do Canal MyNews, na quinta-feira (14).
“No primeiro dia do meu governo, nós somos todos cavalheiros, a atual direção do Banco Central será convidada a se demitir. Ficou alguma dubiedade?”, afirmou.
A autonomia do Banco Central foi aprovada pelo Congresso no início de 2021, estabelecendo mandatos fixos para o presidente da instituição e para oito de seus diretores responsáveis pela política monetária. Por lei, o presidente do banco toma posse no terceiro ano do mandato do presidente da República. Eles podem ser reconduzidos ao cargo.
Segundo Ciro Gomes, a atual autonomia será substituída por uma nova dentro dos seis primeiros meses de seu eventual governo ― ele não explicou como seria feita a mudança e qual sua proposta de autonomia.
Em suas redes sociais, na sexta-feira (15), o pré-candidato sugeriu que o atual modelo coloca o Banco Central a favor do “setor financeiro” e não do “povo”.