A enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio impactou todos os setores econômicos, refletindo na geração de empregos com carteira assinada. No mês, o estado registrou a perda de 22.180 postos formais — com 94.129 admissões e 116.309 desligamentos.

Além disso, 358 dos 497 municípios gaúchos tiveram saldo negativo na criação de empregos. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O Rio Grande do Sul foi a única unidade da Federação a ter um saldo negativo na geração de vagas formais em maio. Apesar da queda, a criação de empregos no acumulado do ano (de janeiro a maio) ainda é positiva: 47.125 postos de trabalho.

A quantidade de desligamentos em maio no RS foi tão significativa que influenciou o resultado de toda a Região Sul. Enquanto as outras quatro regiões (Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte) tiveram saldos positivos, o Sul ficou negativo em 9.824 postos. O impacto foi generalizado nos setores econômicos do Rio Grande do Sul. A indústria registrou 6.856 demissões, o comércio 5.520, a agropecuária 4.318 e o setor de serviços perdeu 4.226 empregos.

O impacto também foi sentido nos salários. O salário médio de admissão em maio, no RS, foi de R$ 2.016,26, uma queda de 2,83% em relação a abril. O Rio Grande do Sul teve o segundo maior recuo percentual entre os Estados, ficando atrás apenas do Amapá.

O país fechou maio com um saldo positivo de 131.811 empregos com carteira assinada, resultado de 2.116.326 admissões e 1.984.515 desligamentos. O resultado está abaixo do registrado em maio de 2023, quando o saldo de postos de trabalho foi de 155.123.

Os cinco grandes setores da economia registraram saldos positivos em maio. O setor de serviços liderou com 69.309 novos empregos, seguido por agropecuária, construção, indústria e comércio. No acumulado do ano, o saldo foi de 1.088.955 vagas. Para o território nacional, o salário médio de admissão em maio foi de R$ 2.132,64. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 3,31, uma variação de -0,15%.

Desempenho Saldo de geração de empregos formais no RS foi positivo de janeiro a abril, até a queda brusca em maio:

  • Janeiro — 20.308
  • Fevereiro — 25.305
  • Março — 10.477
  • Abril — 13.215
  • Maio — -22.180

Fonte: Portal Plural

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