Rio Grande do Sul tem confirmado primeiro caso de febre amarela

Após nove anos, o Rio Grande do Sul voltou a registrar casos de febre amarela. A vítima é um homem, de 27 anos, morador de Jaguarão, na região Sul do Estado. De acordo com o secretário estadual de Saúde, João Gabbardo Reis, o fotógrafo contraiu a doença em uma viagem a Minas Gerais.

O jovem, que não teve identidade revelada pela Secretaria de Saúde, foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de Pelotas logo após retornar de Minas Gerais, dia 27 de janeiro. Entre os sintomas, febre, edema generalizado e dores musculares.

Técnicos da secretaria de Saúde realizaram inspeções em áreas próximas à residência e trabalho do homem infectado e não encontraram focos de febre amarela. “Logo não há risco de transmissão”, garantiu Gabbardo.

Por ser um caso importado, já que a doença não foi contraída no RS, o planejamento de combate a febre amarela não sofrerá alterações. O secretário ressalta ainda que não há a necessidade de preocupações excessivas em relação ao diagnóstico e que a população deve seguir se vacinando normalmente.

“Não muda nossa orientação, temos que vacinar prioritariamente quem vai para áreas de risco, mas também queremos vacinar toda a população. Até agora, 60% da população do Rio Grande do Sul foi vacinada e queremos ampliar para 90%.”

Alerta em Frederico Westphalen

Com os recentes casos de Febre Amarela em diversas regiões do país – principalmente na região Sudeste – a Secretaria de Municipal de Saúde faz indicações para que as pessoas tomem corretamente as vacinas contra a doença.

De acordo com a Enfermeira de Imunização do município, Rafaela Albarello, Frederico Westphalen é uma área de recomendação de vacinas, devido a proximidade ao município de Derrubadas, que possui indicadores da doença.

A secretária de Saúde do município, Marta Chielle, orienta a população sobre os locais de vacinação e os grupos que podem ou não receber a dose:

•• Veja quem não deve tomar a vacina

• Crianças menores de 9 meses

• Pacientes com imunodepressão

• Pacientes que vivem com HIV com imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm3 ou menor de 15% do total de linfócitos para crianças menores de 6 anos

• Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores)

• Pacientes submetidos a transplante de órgãos

• Pacientes com imunodeficiência primária

• Pacientes com neoplasia

• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras)

• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica)

Idosos, nutrizes ou lactantes amamentando crianças com menos de 6 meses de idade, pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia e radioterapia, com doenças no sangue, que vivem com HIV, grávidas e quem usa corticoide devem consultar um médico antes de procurar a vacina.