A reunião do Gabinete de Crise, que define o mapa do Distanciamento Controlado que será anunciado amanhã, durou cerca de três horas. A expectativa, de que a cor vermelha, que representa alto risco de contágio, voltasse a pintar algumas regiões do Estado deve ser frustrada. A tendência é a de que o Rio Grande do Sul continue integralmente pintado de preto. Será a nona semana consecutiva neste cenário. Apesar da manutenção do preto em todo o território gaúcho, o governador Eduardo Leite (PSDB), a exemplo do que ocorreu na última semana, deve permitir mais algumas flexibilizações, que originalmente não poderiam ser aplicadas na classificação preta, de altíssimo risco de contágio. Entre elas, devem estar permissões como o funcionamento de restaurantes no sábado à noite e também flexibilizações relativas ao uso de parques.
A alternativa encontrada pelo governo, que pode colocar em xeque e enfraquecer o mapa de Distanciamento Controlado, se confirmada, será a forma encontrada pelo governo para evitar ampliação demasiadas das regras, o que poderia ocorrer com a ida de regiões para a bandeira vermelha e a consequente liberação possível na bandeira laranja, de acordo com a cogestão. A manutenção do Estado integralmente em preto também manda um recado para a população, de que a situação segue grave, apesar da redução tímida de números como de internados e contaminados.
O patamar segue muito alto e qualquer indicativo de normalidade não está no horizonte. O decreto com as regras do mapa do Distanciamento Controlado deve ser publicado amanhã, para permitir que os setores atingidos por flexibilizações possam se organizar já para o sábado. Em tempo: se dependesse de ala dos técnicos do governo, o preto, sem flexibilizações, seria a decisão tomada.