Os ministros da Cultura do Mercosul se reúnem hoje em São Miguel das Missões, para a solenidade que certifica a região das Missões Jesuíticas Guaranis, Moxos e Chiquitos como Patrimônio Cultural do Mercosul. O ministro da Cultura do Paraguai, Rubén Capdevile, e o ministro da Cidadania, Osmar Terra, receberam o Dossiê da Tava – estudos que levaram a região das Missões ao reconhecimento do Mercosul. Nesta terça-feira, em Porto Alegre, Terra transmite a presidência Pro Tempore do Mercosul ao ministro paraguaio, que já anunciou que pretende dar continuidade às ações desenvolvidas pelo Brasil.
Na cerimônia em São Miguel, o ministro Osmar Terra destacou o que representa o reconhecimento oficial do Mercosul para a região missioneira. “Isso abre as portas para que se criem políticas públicas entre os países do Mercosul, que se consigam recursos públicos para investir e para fazer com que todo esse patrimônio seja preservado e desenvolvido”, atentou.
Ele ainda falou sobre os investimentos do governo federal às áreas dos Sete Povos das Missões. Em fevereiro, o Ministério autorizou o início das obras de requalificação urbanística em torno do sitio arqueológico, cujas condições de habitação, drenagem e tráfego devem melhorar. “Nós estamos juntando três atividades em uma: atividade de reconhecimento cultural, reconhecimento turístico, porque vai possibilitar um incremento do turismo, e de desenvolvimento econômico. Talvez seja o maior passo que vai se dar na direção de acelerar o desenvolvimento econômico até os próximos dez anos”, afirmou Terra.
Parceria Internacional
O ministro da Cultura do Paraguai, Rubén Capdevile, declarou na solenidade que deve continuar o trabalho desenvolvido por Osmar Terra. “Nós queremos seguir nesta mesma linha de quiçá concretizar a rota das Missões jesuíticas. Devemos continuar trabalhando juntos, todos os países. Este é um reconhecimento das raízes comuns que temos, países do Mercosul, e também da potencialidade que temos para trabalhar em conjunto e desenvolver circuitos turísticos e culturais”, destacou Capdevile.
Pro Tempore
No Mercosul, a presidência Pro Tempore dura seis meses. A rotatividade de países que assumem a presidência é feita por ordem alfabética. Compõem o bloco do Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Fonte: Rádio Guaíba