Professores brasileiros têm piores salários entre 48 países avaliados pela OCDE

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 19, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou que os professores brasileiros são os que recebem os piores salários entre 48 países avaliados. A pesquisa Talis mostrou também que os docentes do país não apresentam ganhos salariais de acordo com os anos trabalhados.

Para calcular o rendimento dos educadores nos diferentes países, o estudo converteu todos os ganhos em dólar e fez o cálculo do poder de compra dos salários em cada um dos países. Segundo essa conta, os professores brasileiros recebem uma remuneração equivalente a US$ 13.971 ao ano, cerca de US$ 1.164 por mês – ou R$ 4.469, na cotação atual da moeda americana. 

A Dinamarca é o país avaliado com os melhores salários, com US$ 42.841 anuais — o que equivale a US$ 3.570 por mês (ou R$ 13.708). 

A pesquisa indicou ainda que os professores brasileiros não obtêm ganho salarial ao longo da carreira, o que só se repete na Estônia e na Letônia. Em outras nações, os aumentos salariais fazem parte de planos de carreira dos docentes. 

Outro dado apontado pela Talis mostra que os educadores do Brasil dedicam 67% do tempo da aula a atividades de aprendizado. O restante é gasto em tarefas administrativas ou disciplinares. Na média dos outros países, 78% dos períodos de aula são dedicados ao aprendizado.

O estudo entrevistou 250 mil professores e líderes escolares de 48 países, em todas as regiões do mundo.