A Procuradoria de Prefeitos e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem, nesta sexta-feira, 9, o mandado judicial de suspensão do exercício do cargo do prefeito de Braga pelo prazo de 180 dias. O afastamento temporário do político se deve em virtude da investigação do Ministério Público que descobriu atos de corrupção envolvendo o prefeito e empreiteiros de São Leopoldo. Também são cumpridos dez mandados de busca e apreensão, nas cidades de Braga, Porto Alegre, Ijuí e São Leopoldo.
As apreensões de equipamentos eletrônicos e documentos ocorrem na sede da Prefeitura de Braga (incluindo-se o Gabinete do Prefeito e o Departamento de Licitações), em seis residências (uma em Braga, duas em Porto Alegre, duas em São Leopoldo e outra em Ijuí), na Superintendência de Licitações e Contratos e Superintendência Jurídica da Corsan, na Capital, na sede das construtoras e num escritório de contabilidade.
Conforme as investigações, lideradas pelo promotor de Justiça Heitor Stolf Júnior, o prefeito solicitou dinheiro aos empresários investigados. Além disso, houve direcionamento de edital de licitação para a contratação de empresa para a construção da rede coletora de esgoto na cidade de Braga. A concorrência, ocorrida em dezembro de 2017, ainda não finalizada.
Os empresários em questão foram presos preventivamente em fevereiro deste ano pela Operação Água, realizada pelo Gaeco – Núcleo Região Metropolitana e Taquari. As investigações são relativas a fraudes cometidas em licitações do Semae, de São Leopoldo.
O MP esclarece que a Corsan não é investigada pela Operação da Procuradoria de Prefeitos. Os documentos necessários para a compreensão das práticas dos empresários suspeitos foram prontamente entregues pela Companhia para a ampliação das investigações.
MP/RS