Nesta quarta-feira, 2, o Conselho de Representantes da UGEIRM Sindicato – que representa escrivães, inspetores e investigadores de polícia – se reuniu para discutir e deliberar as respostas dos policiais civis ao que chamaram de “ataques do governo Sartori”.
Segundo o Sindicato, a avaliação dos policiais foi unânime, relatando que o governo estadual vem, desde seu início, promovendo um dos maiores ataques a segurança pública da história do Estado. O sindicato relata que além do parcelamento dos salários – o governo estadual depositou o valor máximo de R$ 1.750,00 aos servidores referente a fevereiro –, também há situações de diárias que não estão sendo pagas, horas-extras sendo realizadas e não pagas, além da não realização das promoções.
A Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep) emitiu uma nota oficial na quarta-feira, 2, parcelamento dos salários. Na nota, a presidente da Associação destacou a preocupação quanto a instabilidade financeira. “A situação alarmante por que passa a segurança pública do Estado faz com que os Delegados de Polícia não adotem, neste momento, medidas mais contundentes. A categoria está trabalhando no limite de suas capacidades e não sabe até quando será possível manter o esforço pessoal de cada policial no combate à criminalidade”. No ano passado, a Adesp suspendeu as operações policiais e o registro de ocorrências nas Delegacias até que os vencimentos fossem pagos na íntegra.
Decisões da Ugeirm Sindicato
– Não participação nas operações policiais até a integralização dos salários.
– Os flagrantes somente serão cumpridos com a participação da autoridade policial.
– O cumprimento de Mandados de Busca e Mandados de Prisão também só serão realizados com a participação da autoridade policial.
– Locais de crime somente com a presença da autoridade policial. No caso da DP de Homicídios, o atendimento a local de homicídio após o horário das 18h, só será feito em casos consumados e com a presença da autoridade policial.
– Essas atividades só serão realizadas no horário regulamentar, 8h30 às 18h.
– Exigência de condições necessárias para a garantia da integridade dos policiais no desempenho de suas funções.
– Exigência de que se faça o devido pagamento de horas extras e/ou folga.
– Essas medidas entrarão em vigor a cada vez que houver parcelamento dos salários.
O Alto Uruguai