Os agentes da Polícia Civil decidiram declarar greve a partir da próxima segunda-feira. A ação foi tomada após assembleia geral realizada nesta quinta-feira, em Porto Alegre. A paralisação, conforme Ugeirm e Asdep, será mantida até que o governo Sartori integralize os salários dos servidores da Corporação. Um novo encontro foi convocado para a quarta-feira para avaliar as ações do movimento.
Durante a assembleia, o diretor da Ugeirm, Cláudio Wohlfahrt, comentou o encontro dos representantes sindicais com a cúpula do governo estadual, no Palácio Piratini. Ele salientou que as duas principais exigências da categoria não foram atendidas, o fim definitivo dos parcelamentos e a efetivação das promoções atrasadas. Conforme a Ugeirm, “depois de terem a data adiada por três vezes, este ano, o governo afirmou que (as promoções) não poderão sair. O secretário também informou que as promoções dependem do fluxo de caixa e da assinatura do Programa de Recuperação Fiscal com a União”.
Após informados pelos diretores, representantes das diversas regiões do Estado falaram no carro de som e reforçaram as principais preocupações, com parcelamento e impedimento da progressão de carreira. “Os policiais também foram unânimes em avaliar que a categoria está chegando ao seu limite e que é preciso aprofundar a mobilização”, relatou a Ugeirm em nota.
Após as discussões, foi aprovada, por ampla maioria, a proposta de greve até a integralização dos salários, que está prevista para o dia 17 de outubro. Após as deliberações, a Assembleia encaminhou a formação do Comando de Greve com a representação das várias regiões do estado. Nesta sexta-feira, a direção irá avaliar com o Comando de Greve como serão os procedimentos da categoria durante a paralisação, a partir de segunda-feira. Ainda não há definição sobre registros de ocorrência para crimes graves e realização de operações.
C.P.