O Pix, sistema que pagamentos instantâneos, terá novas funcionalidades no futuro, como pagamentos programados e troco em dinheiro. A afirmação é do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que lançou nesta segunda-feira,16, a operação plena do Pix, que estava em fase de testes.
Segundo Campos Neto, o sistema permitirá o chamado cashback ( em inglês, dinheiro de volta). Ou seja, o consumidor poderá pagar uma compra em uma loja com Pix e receber o troco em dinheiro. No evento virtual de lançamento do Pix, Campos Neto destacou que o novo sistema é democrático por levar a tecnologia a todos os lugares, e reduz os custos das operações. “O Pix é rápido, barato, seguro, transparente e aberto”, disse.
Por reduzir os custos, como, por exemplo, com transporte de dinheiro, o presidente do BC disse que o novo sistema viabiliza pequenos negócios. Além disso, ressaltou que o sistema é seguro. “O dinheiro passa a ser rastreado, reduz várias práticas de crime como lavagem de dinheiro”, afirmou.
A chave Pix previamente cadastrada pode ser CPF, CNPJ, e-mail, número de celular ou chave aleatória (uma sequência alfanumérica gerada aleatoriamente que poderá ser utilizada por usuários que não queiram vincular seus dados pessoais às informações de sua conta). O recebedor também pode gerar QR Codes.
O Pix deve ser gratuito para pessoas físicas nas operações de transferência e de compra. As exceções serão o recebimento de vendas de produtos e de serviços, que poderão ser tarifadas pelas instituições financeiras.
Também pode haver cobrança se os clientes (pessoas físicas e jurídicas) que, podendo fazer a transação por meio eletrônico (site ou aplicativo), preferir fazê-la presencialmente ou por telefone. Nesse caso, as instituições poderão cobrar tarifas.
Em relação às pessoas jurídicas, as instituições financeiras poderão cobrar tarifa tanto no envio como no recebimento de dinheiro por meio do Pix. Serviços acessórios ligados ao pagamento e ao recebimento de recursos também poderão ser tarifados.
No site do Banco Central, há perguntas e respostas sobre o novo sistema de pagamentos.
*Agência Brasil