O problema não é exclusividade do Rio Grande do Sul, sendo percebido em diversas partes do país. O presidente da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Sérgio Amantea, comenta que em muitos casos os médicos são obrigados a efetuar substituições que nem sempre são as melhores opções. Os pacientes relatam que passam por uma verdadeira peregrinação para encontrar o remédio receitado.
“Sempre prescrevo o plano A e uma alternativa, caso não consiga comprar. No entanto, a troca de medicação pode implicar em maior desconforto posológico (volume, intervalo e até palatabilidade). Também pode representar no médio prazo risco de criação de resistência bacteriana (efeito na comunidade) e, em alguns casos (dependendo da medicação), menor efetividade”, alertou.
Em alguns casos também é relevante o aspecto econômico, pois os familiares são obrigados a comprarem medicamentos mais caros.
A indústria reconhece a falta momentânea de antibióticos e garante que a situação estaria sendo normalizada. Algumas empresas relataram expressivo aumento de demanda por determinados antibióticos e escassez de insumos farmacêuticos ativos (IFA) importados usados em sua composição.