Um pastor foi preso preventivamente, nesta quinta-feira (10), por suspeita de estupro de vulnerável e importunação sexual, em Capão do Leão, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Civil, quatro meninos, todos com idades até 14 anos, teriam sido vítimas dos estupros. Além disso, uma adolescente de 16 anos teria sido vítima de importunação sexual.
Conforme o delegado Sandro Bandeira, o homem se aproveitava da condição de líder religioso para obter a confiança dos pais e atrair a atenção das crianças.
“Com o pretexto de ‘estudar a Bíblia’ ou ‘ensinar uma profissão’, ficava sozinho com as vítimas e cometia os crimes”, diz.
O homem, de 41 anos, não teve a identidade divulgada pela polícia. O suspeito reside em Capão do Leão, mas foi preso em Pelotas, a 20 km do município. Segundo a polícia, ele estava planejando fugir da cidade.
O pastor ficou em silêncio durante o depoimento. O advogado de defesa, Helvecio Machado Filho, disse que “a verdade prevalecerá” ao fim das investigações. “É vital que a sociedade evite tirar conclusões precipitadas garantindo que o devido processo legal seja plenamente observado”, disse.
O presidente da igreja onde o suspeito atuava, Cristiano Moura, afirmou à RBS TV que o investigado não era pastor, mas um auxiliar em cerimônias religiosas. O suspeito foi afastado de todas as funções no templo assim que surgiram os primeiros relatos do caso. A igreja ainda disse estar à disposição da polícia para prestar qualquer tipo de esclarecimento.
Mães procuraram a polícia
Os casos foram descobertos após os meninos relatarem os episódios a familiares. As mães, então, registraram boletins de ocorrência contra o suspeito, relatou a policial civil Camila Carvalho.
A investigação apurou indícios da autoria e da materialidade dos crimes. Com base nisso, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva à Justiça, que acatou os argumentos e expediu o mandado contra o pastor.
Apenas este ano, a Polícia Civil realizou seis prisões preventivas de suspeitos de estupros de vulnerável em Capão do Leão. A delegacia do município recebe denúncias pelo WhatsApp (53) 3275-1414.
Nota da defesa:
“Em relação ao caso em andamento, é importante ressaltar que, de acordo com o princípio da presunção de inocência, todo indivíduo deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Embora as afirmações sejam extremamente sérias, a fase processual ainda está em andamento.
É crucial lembrar que o acusado é um membro conhecido da comunidade de Capão do Leão, onde muitos o conhecem e suas contribuições positivas. Antes de qualquer julgamento, é essencial que as provas sejam minuciosamente comprovadas e que o processo legal siga seu curso. A justiça não deve ser apressada; ao contrário, deve ser garantido de maneira completa e imparcial.
Estamos confiantes de que, ao final do devido processo legal, a verdade prevalecerá. É vital que a sociedade evite tirar conclusões precipitadas garantindo que o devido processo legal seja plenamente observado.”
Fonte: g1 RS
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