Oitivas das testemunhas do processo criminal do caso Rafael Mateus Winques são retomadas

As oitivas das testemunhas do processo criminal que apura a morte de Rafael Mateus Winques, 11 anos, foram retomadas nesta quarta-feira. O pai do menino é ouvido de modo presencial no Foro da Comarca de Planalto, sob a coordenação da Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna. Ele e mais duas pessoas já foram escutados em audiência no dia 1º de outubro, mas a defesa de Alexandra Salete Dougokenski, mãe da vítima e ré no processo, solicitou novas oitivas por não ter acessado documentos anexados aos autos na época. Os depoimentos anteriores permanecem, porém, válidos.

O cronograma de oitivas seguirá até a próxima semana. Nesta quinta-feira será a vez do namorado da ré na época do crime, além de uma professora do menino, um vizinho da família, a mãe do melhor amigo da criança e um policial civil. Já na sexta-feira estão marcados os depoimentos de dois delegados e uma perita. Na segunda-feira que vem é a vez de um médico legista, uma perita, uma testemunha de defesa, um irmão da ré, outra professora do menino, uma conselheira tutelar, a avó do garoto e o irmão dele.

No dia 17 deste mês, as oitivas serão com uma tia do menino, dono do imóvel que o pai da criança reside, um amigo do pai, uma amiga e esposo, além de mais uma testemunha de defesa. Por sua vez, o interrogatório da mãe da criança está marcado para o dia 18 deste mês. A denúncia contra Alexandra, que confessou a autoria do assassinato à Polícia Civil, foi recebida pela Justiça em 13 de julho deste ano. Ela responde por homicídio qualificado e outros três crimes conexos: ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. A ré cumpre prisão preventiva na Penitenciária Municipal de Guaíba desde o início de julho.

Relembre o caso

Rafael Mateus Winques desapareceu em 15 de maio deste ano. O corpo foi encontrado dez dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha ao lado da que residia com a mãe e o irmão, no bairro Medianeira, em Planalto. A causa da morte indicada pela perícia foi asfixia mecânica, provocada por estrangulamento.

*Correio do Povo